O Exército israelense realizou um ataque aéreo, nesta terça-feira, 30, Beirute, capital do Líbano, confirmaram as Forças de Defesa de Israel (FDI). De acordo com os militares, o alvo da ofensiva era o comandante da facção libanesa Hezbollah, aliada do Hamas e financiada pelo Irã, por trás do bombardeio contra a cidade de Majdal Shams, no território israelense das Colinas de Golã, que matou 12 crianças e adolescentes no último sábado. De acordo com as froças militares, ele foi morto na ofensiva.
De acordo com a mídia de Israel, o comandante alvo era Fuad Shukr, líder do projeto de mísseis de precisão do grupo terrorista libanês e procurado pelos Estados Unidos por seu papel no bombardeio de um quartel dos fuzileiros navais americanos em 1983. Washington ofereceu uma recompensa de US$ 5 milhões por sua cabeça.
طائرات العدو الاسرائيلي تشن غارة على الضاحية الجنوبية pic.twitter.com/TbCRRter8E
— Al Jadeed News (@ALJADEEDNEWS) July 30, 2024
Massive Damage to the Building which was Struck just now by an Israeli Airstrike within the Haret Hreik Neighborhood in the Suburbs of Beirut. pic.twitter.com/DOB8dku3HH
— OSINTdefender (@sentdefender) July 30, 2024
Minutos após a confirmação do ataque por parte de Tel Aviv, o Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, fez uma declaração dizendo que “o grupo terrorista libanês cruzou a linha vermelha”.
Mais cedo nesta terça, um israelense foi morto em um ataque com foguetes do Hezbollah em HaGoshrim, kibutz no norte de Israel. Médicos afirmaram que a vítima estava na faixa dos 30 anos. Segundo as FDI, só nesta terça 10 foguetes foram disparados do Líbano, e a maioria foi interceptada pelo sistema de defesa antimísseis Domo De Ferro. O Hezbollah assumiu a autoria do ataque.
Retaliação
O Líbano já estava se preparando para retaliação de Israel desde que um ataque com foguetes do Hezbollah no último sábado matou 12 crianças e adolescentes em um campo de futebol. Israel e os Estados Unidos culparam o Hezbollah pelo episódio, embora o grupo, que admitiu ter lançado mísseis na área onde o ataque ocorreu, tenha negado a responsabilidade.
Na ocasião, uma série de foguetes foram disparados para as Colinas de Golã, na cidade de Majdal Shams, no território de Israel. Além das mortes, ao menos outras 34 pessoas feridas. Este foi considerado o maior ataque contra civis no país desde 7 de outubro do ano passado — quando a guerra entre Israel e o grupo Hamas começou.
As vítimas tinham entre 10 e 20 anos e estavam em um campo de futebol quando foram atingidas pelos foguetes. A cidade fica localizada na fronteira de Israel com o Líbano e a Síria.
O exército israelense responsabilizou o grupo libanês Hezbollah pelos ataques e prometeu uma forte resposta. “Vamos nos preparar para responder ao Hezbollah, vamos completar nossas avaliações e vamos agir”, disse o contra-almirante Daniel Hagar, porta-voz do Exército, em entrevista coletiva. Um comunicado emitido pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel não deixaria “este ataque mortal sem resposta” e que o Hezbollah “pagará um alto preço, um preço que nunca pagou antes”.
Enquanto isso, diversas companhias aéreas cancelaram voos para Beirute, com as transportadoras internacionais se esforçando para ficar longe de qualquer escalada de violência na fronteira.