A organização paramilitar xiita Hezbollah, do Líbano, um aliado do grupo terrorista palestino Hamas, afirmou nesta sexta-feira, 10, que sete dos seus combatentes foram mortos na Síria. Ao mesmo tempo, as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram ter atacado bases militares sírias em retaliação por um ataque com drones contra o território israelense na véspera
Na quinta-feira 9, um drone atingiu a cidade costeira de Eilat, no sul de Israel, pela primeira vez. Inicialmente, os militares achavam que o artefato pertencia a rebeldes houthis, que operam a 1.500 km dali, no Iêmen, apoiados pelo Irã. No entanto, uma análise de trajetória identificou que o equipamento veio da Síria, onde o governo e diversas facções locais, também apoiadas pelo Irã, são anti-Israel.
Meios de comunicação pró-governo da Síria, do ditador Bashar al-Assad, também relataram um ataque aéreo israelense na província central de Homs na manhã desta sexta-feira.
De acordo com agências internacionais, um oficial do Hezbollah e um oficial de segurança libanês disseram que seus combatentes foram mortos justamente na vizinha Síria nesta manhã.
O Hezbollah tem lutado na Síria juntamente com as forças do governo sírio, onde ajudaram a inclinar a balança de poder a seu favor contra milícias rebeldes durante a guerra civil no país, que já dura 12 anos.
Além disso, desde 8 de outubro, um dia após os ataques do Hamas deixarem 1.400 mortos e sequestrarem outros 240, o grupo libanês troca disparos com as forças israelenses ao longo da fronteira Líbano-Israel.
De acordo com o jornal israelense The Times of Israel, as últimas mortes elevaram para 68 o número de combatentes do Hezbollah mortos desde o início da guerra Israel-Hamas, no mês passado.
O envolvimento de forças do Líbano e agora da Síria em embates contra os israelenses renovam os temores de uma ampliação do conflito, que tem potencial para transbordar das fronteiras de Gaza e Israel e tornar-se uma guerra regional.