Em mais uma ofensiva de Israel contra a ONU, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu defendeu que a comunidade internacional deixe de financiar a instituição criada após a II Guerra Mundial para arbitrar os conflitos e a garantir a paz no mundo.
“Todo país honesto deveria deixar de contribuir com a ONU, até que os vieses e o antissemitimo terminem. Nós não podemos continuar com os negócios como sempre fizemos”, disso o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, à Fox News.
A declaração ocorre poucos dias depois de a Assembleia Geral ter aprovado uma resolução determinando um cessar-fogo, ao mesmo tempo em que foi hesitante em condenar o Hamas. O governo de Israel tem rechaçado qualquer tentativa de arbitragem no conflito contra o grupo terrorista e classificado de antissemitismo qualquer crítica à contraofensiva que move na Faixa de Gaza.
A postura é referendada pelos Estados Unidos, que tem poder de veto no Conselho de Segurança e até agora garantiu a Israel o “direito de se defender”.
Erdan disse que o órgão é estruturalmente comprometido, já que um terço de seus membros é formado por países de origem muçulmana, inclusive com direito a assento no Conselho de Direitos Humanos, como o Irã. Para ele, a ONU “perdeu completamente a legitimidade e a relevância”.