Israel suspenderá parte das restrições de movimento impostas aos palestinos do território ocupado da Cisjordânia por ocasião da festividade muçulmana do Eid al Adha, que será celebrada a partir de terça-feira (21), e permitirá que milhares deles entrem em Israel e em Jerusalém Oriental.
“Os palestinos de todas as idades de Judéia e Samaria (nomes bíblicos para a Cisjordânia) poderão realizar visitas familiares em Israel” durante o tempo que dura a festividade, que deve ocorrer entre 21 e 24 de agosto”, anunciou nesta quinta-feira o COGAT, órgão militar israelense encarregado de gerenciar a ocupação.
Os homens casados maiores de 50 anos e as mulheres de mais de 40 poderão entrar na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado para o islã e o primeiro para o judaísmo, situada na Cidade Velha de Jerusalém, na parte oriental da cidade, que Israel ocupa desde 1967.
Segundo o comunicado, os familiares que residem no exterior “poderão vir e visitar” os palestinos da Cisjordânia e os moradores deste território terão permissão para ir a Gaza para ver “familiares de primeiro grau”.
Além disso, os cisjordanianos poderão voar através do aeroporto internacional de Ben Gurion, em Israel, e ao qual habitualmente não têm acesso.
O COGAT também expandirá as horas de operação de vários postos de controle “como parte da política de promover liberdade de religião e de oração em homenagem ao Eid al Adha”.
Israel controla as fronteiras da Palestina desde a Guerra dos Seis Dias em 1967, quando ocupou os territórios de Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Gaza. Esta última se encontra sob bloqueio desde que o movimento islamita Hamas tomou o controle do território à força há 11 anos.
Os mais de 2 milhões de moradores da Faixa só contam com uma saída para o exterior que não passa por Israel, através do Egito, que também mantém o fechamento intermitente da fronteira.
Os quase 3 milhões de habitantes da Cisjordânia costumam viajar para o exterior pela passagem de Allenby com a Jordânia, que também está sob controle da segurança israelense.
(Com EFE)