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Itália denuncia esquema de ingressos inflacionados para visitar o Coliseu

Empresas de turismo estariam comprando entradas no site oficial com semanas de antecedência para revendê-las por preços exorbitantes

Por Da Redação
Atualizado em 18 jul 2023, 17h39 - Publicado em 18 jul 2023, 14h57
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  • Autoridades antitruste da Itália abriram uma investigação nesta terça-feira, 18, a respeito das operações de venda de ingressos a valores inflacionados para visitas guiadas ao Coliseu, em Roma. A antiga arena de duelo faria parte de um esquema entre grandes empresas de turismo, que compram entradas no site oficial da atração com semanas de antecedência para, então, revendê-las a valores superfaturados.

    A investigação apontou que os ingressos estariam sendo comprados “em massa por meio do uso de sistemas de compra automatizados” pela varejista CoopCulture e outras quatro empresas de turismo.

    “A CoopCulture parece não ter implementado sistemas adequados para evitar a acumulação de ingressos, privando assim os consumidores da possibilidade de comprá-los ao preço normal”, informaram os agentes antitruste.

    Ao todo, o Coliseu recebeu mais de 1,7 milhão de visitantes em 2021, mesmo em meio à pandemia de Covid-19.

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    Em resposta, a diretora-geral da CoopCulture, Letizia Casuccio, disse à agência de notícias Reuters que a empresa “possui sistemas para combater compras [de ingressos] a granel” e está colaborando com as autoridades para que haja “clareza em breve” sobre as alegações.

    O preço original para visitar o Coliseu, um dos principais pontos turísticos da Itália, é 18 euros (cerca de R$ 97). O site oficial da atração indica que existem apenas três vagas restantes até 7 de agosto, ao passo que empresas privadas de turismo oferecem o passeio a valores de 37,50 a 74 euros (entre R$ 200 e R$ 400).

    O chefe do órgão italiano de direitos do consumidor Codacons, Carlo Rienzi, destacou que a “bilheteria secundária” não só impacta os turistas e visitantes como também a própria Itália.

    “Pedimos ao governo que introduza novas disposições capazes não apenas de bloquear a bilhetagem secundária, mas também de impor penalidades muito pesadas a esses sites”, disse Rienzi, em um comunicado.

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