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A resposta do Itamaraty após novas críticas de Israel a Lula

Israel Katz usou redes sociais para publicar montagem envolvendo Lula e classificar presidente brasileiro como 'antissemita'

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 ago 2025, 14h40 - Publicado em 26 ago 2025, 14h31

O Ministério das Relações Exteriores acusou o ministro da Defesa e ex-chanceler israelense, Israel Katz, de “proferir ofensas, inverdades e grosserias inaceitáveis contra o Brasil e o presidente Lula”. Em nota publicada nesta terça-feira, 26, o Itamaraty diz esperar que o ministro, em vez de agressões, “assuma responsabilidade e apure a verdade sobre o ataque” que deixou ao menos 20 mortos, incluindo jornalistas e trabalhadores humanitários, na segunda-feira.

“Israel encontra-se sob investigação da Corte Internacional de Justiça por plausível violação da Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio”, diz o texto. “Como ministro da Defesa, o senhor Katz não pode se eximir de sua responsabilidade, cabendo-lhe assegurar que seu país não apenas previna, mas também impeça a prática de genocídio contra os palestinos”.

+ Ministro de Israel posta montagem de Lula como ‘marionete’ do Irã e denuncia ‘antissemitismo’

Katz usou as redes sociais nesta terça-feira para publicar uma montagem na qual Lula seria controlado como uma marionete pelo líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, e criticá-lo como suposto “antissemita” por retirar o Brasil da Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA), um organismo originalmente criado para combater o preconceito contra judeus.

Katz, quando no posto de ministro das Relações Exteriores, já havia declarado Lula persona non grata, como lembra na postagem, devido a uma fala em que comparou o sofrimento palestino baixo as ações militares de Israel com o extermínio de judeus no Holocausto. Naquela e em outras ocasiões, o mandatário brasileiro denunciou haver “genocídio” em Gaza — termo que ainda enfrenta resistência dado o peso do crime, mas que tem ganhado cada vez mais espaço em meio a denúncias como a de Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os territórios palestinos ocupados, que falou a VEJA sobre o tema.

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Os brasileiros ingressaram como observadores na IHRA em 2021, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo diplomatas, o governo Lula optou por sair da aliança sob a alegação de que o ingresso foi feito de forma “apressada”, sem levar em conta obrigações legais e financeiras que precisariam ser reavaliadas. Dias depois, o Brasil entrou formalmente na ação movida contra Israel pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça (TPI). Os sul-africanos acusam os israelenses de cometerem genocídio na Faixa de Gaza.

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A postagem de Katz foi feita depois do Ministério das Relações Exteriores de Israel anunciar que irá rebaixar relações com o Brasil, citando a decisão do Itamaraty de não responder à indicação de um novo embaixador israelense em Brasília.

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“Após o Brasil, excepcionalmente, se abster de responder ao pedido de agrément do embaixador (Gali) Dagan, Israel retirou o pedido, e as relações entre os países agora são conduzidas em um nível diplomático inferior”, afirmou a chancelaria israelense em comunicado, publicado pelo jornal israelense Times of Israel.

O documento afirma ainda que a “linha crítica e hostil que o Brasil tem demonstrado em relação a Israel desde 7 de outubro se intensificou a partir do momento em que o presidente Lula comparou as ações de Israel às dos nazistas. Em resposta, Israel ‘o declarou persona non grata'”. 

Israel indicou Dagan — que deixou o cargo de embaixador na Colômbia em 2024 após atrito com o presidente Gustavo Petro — para assumir o posto em Brasília em janeiro. O governo brasileiro, no entanto, em vez de conceder o agrément, deixou o pedido em análise. Em entrevista à TV Globo, o ex-chanceler brasileiro e assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, disse que a decisão de não responder à indicação foi uma resposta ao tratamento dado ao ex-embaixador Frederico Meyer, retirado de Tel Aviv no ano passado, e que teria sido alvo de “humilhação pública”.

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