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Jogadores franceses de rúgbi são acusados de estupro na Argentina

Hugo Auradou, 20, e Oscar Jegou, 21, foram detidos nesta segunda-feira, 8, e permanecerão em custódia durante a investigação

Por Da Redação
12 jul 2024, 16h49
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  • Dois jogadores da seleção francesa de rúgbi foram formalmente acusados nesta sexta-feira, 12, de estupro qualificado de uma mulher na Argentina. O suposto crime teria ocorrido após uma partida entre França e Argentina na cidade de Mendoza, no último sábado.

    Hugo Auradou, 20, e Oscar Jegou, 21, foram detidos na segunda-feira, 8, e permanecerão em custódia durante a investigação. Um dos advogados de defesa, German Hnatow, disse que os atletas oferecerão à Justiça uma versão “que é consistente e congruente, e é claro que é bem diferente do que a vítima disse.”

    Em comunicado, o Ministério Público argentino informou que “procedeu à acusação formal dos dois cidadãos franceses pelo crime de agressão sexual com penetração, agravado pela participação de duas pessoas” e acrescentou que o pedido da defesa para que os acusados fiquem em prisão domiciliar “será resolvido no devido tempo”.

    Segundo Hnatow, os réus estão “seguros de sua versão, estavam tranquilos porque sabiam que eram inocentes, mas é claro que estavam preocupados com toda essa situação que tiveram que viver”. Outro advogado de defesa, Rafael Cuneo Libarona, alegou que as “relações sexuais” foram “consensuais”.

    Questionado sobre a denúncia, o presidente da Federação Francesa de Rúgbi (FFR), Florian Grill, que está na Argentina, disse à AFP: “não somos juízes. Não somos investigadores. Mas achamos que o sistema de justiça argentino deveria analisar o caso muito rapidamente”. Aradou e Jegou serão substituídos por  Mickael Guillard e Judicael Cancoriet na segunda partida contra Argentina, que será realizada neste sábado, 13, em Buenos Aires.

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    Denúncia da vítima

    A vítima, que não teve a identidade divulgada, é uma mulher de 39 anos. Ela teria conhecido um dos jogadores, identificado por ela como Auradou, numa boate na madrugada, por volta das 4h30, e teria aceitado ir com ele para o Hotel Diplomatic, sem segundas intenções. Ao chegar no quarto, a vítima teria percebido que havia sido enganada e, para tentar fugir, teria pedido para ir ao banheiro. Percebendo a desculpa, o atleta teria a agarrado e agredido com socos enquanto era despida. Ela também teria sido asfixiada, a ponto de quase ter desmaiado, e, então, estuprada.

    Uma hora depois, Jegou teria entrado no quarto e dado continuidade à agressão sexual. Ao todo, ela teria conseguido fugir às 8h30, após ter sido violentada ao menos seis vezes por Auradou; por Jegou, uma. A advogada de acusação, Natacha Romano, disse à agência de notícias AFP que a mulher foi alvo de uma “violência feroz” e que “há mais de um crime para investigar”, acrescentando que a “prova contundente de que não houve consentimento é o corpo da vítima”. Ela recebeu tratamento em uma unidade de saúde por 24 a 48 horas, afirmou Romano.

    Os jogadores permanecem privados de liberdade por supostamente não terem permitido que a mulher saísse do quarto. Devido à extrema violência, a promotoria investiga mais delitos, além da agressão sexual. Caso condenados, os jogadores podem pegar até 20 anos de prisão. Segundo a AFP, o promotor emitiu rapidamente uma ordem de detenção depois de analisar as provas do exame de corpo de delito da vítima. A defesa, por sua vez, indicou que “não se percebem os golpes” relatados pela vítima nas imagens das câmeras de segurança do hotel.

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