A jornalista e escritora americana E. Jean Carroll, que afirmou em junho deste ano ter sido estuprada por Donald Trump, entrou com processo nesta segunda-feira, 4, contra o atual presidente dos Estados Unidos por danos contra sua reputação e carreira.
Responsável durante 26 anos por uma coluna na revista Elle, Carroll escreveu sobre o caso no seu último livro What Do We Need Men for? (Por qual motivo nós precisamos dos homens?, em português), lançado no início de julho nos Estados Unidos.
Segundo ela, Trump a violentou dentro de um provador da loja de departamento Bergdorf Goodman, em Manhattan, em 1995. Carroll afirma que o então magnata do mercado imobiliário de Nova York havia lhe pedido ajuda para comprar um presente para uma outra mulher.
Além de negar as acusações, o presidente afirmou que não conhecia Carroll — embora exista mais de uma foto de 1987 em que os dois aparecessem juntos conversando — e que ela “não era seu tipo”. Trump ainda a acusou de estar buscando publicidade e de participar de uma conspiração da oposição política.
A ação apresentada nesta segunda por Carroll afirma que as declarações do presidente prejudicaram a sua carreira de jornalista, conforme publicou hoje o jornal americano The New York Times.
“Trump sabia que as próprias declarações eram falsas e difamatórias. Ele sabia quem era Carroll naquele dia (na loja) Bergdorf Goodman e sabe quem ela é até agora”, garantiu a advogada da suposta vítima, Robbie Kaplan.
A jornalista afirmou nunca ter denunciado o suposto estupro à polícia, porque uma amiga recomendou que ela não comentasse o assunto com ninguém.
(Com EFE)