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Jovem palestina que agrediu soldado israelense deixa prisão

Ahed Tamimi, de 17 anos, é considerada um ícone da resistência palestina e quer formar-se em Direito para atuar contra a ocupação da Cisjordânia

Por Da Redação
30 jul 2018, 13h31
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  • Uma adolescente palestina que passou oito meses presa por chutar e dar tapas em um soldado israelense foi solta ontem (29), em Israel. Ahed Tamimi, de 17 anos, tornou-se um ícone da resistência palestina e, agora, afirma que pretende se tornar advogada para continuar a sua luta contra a ocupação da Cisjordânia.

    A garota ficou famosa depois que sua mãe fez uma transmissão ao vivo pelo Facebook enquanto sua filha gritava e agredia o soldado israelense em dezembro do ano passado. O episódio aconteceu do lado de fora da casa da jovem, em Nabi Saleh, uma vila que há anos luta contra as tomadas de terra por parte de Israel. Os israelenses classificam o incidente como uma provocação orquestrada e condenaram Tamimi à prisão.

    Logo após a libertação da jovem, o líder da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, recebeu a garota e disse ser ela “um modelo de resistência pacífica, provando ao mundo que nosso povo palestino permanecerá firme e constante em sua terra, não importa o sacrifício a ser pago”.

    Vestindo o tradicional lenço palestino quadriculado em preto e branco, Tamimi cumprimentou dezenas de pessoas. Do lado de fora da casa de um habitante que foi morto por forças israelenses no mesmo vilarejo, ela pediu a continuação da resistência contra a ocupação de Israel.

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    “Continuarei meus estudos universitários em Direito para que eu possa participar da causa do meu país em todos os fóruns internacionais e seja capaz de representar a causa dos prisioneiros”, disse. “A prisão me ensinou muito. Fui capaz de descobrir a forma correta de disseminar a minha mensagem para a minha pátria.”

    Tamini, que tinha 16 anos quando foi presa, sofreu acusações de 12 crimes. Em março, ela confessou o crime de lesão corporal e foi sentenciada a oito meses de prisão, contando a partir de dezembro, quando foi detida.

    (Com Reuters)

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