Justiça dos EUA nega defesa de Trump em julgamento por difamação
Caso envolve a envolve declarações feitas pelo ex-presidente americano contra a colunista E. Jean Carroll, que alega ter sido abusada sexualmente por ele
O juiz distrital dos EUA, Lewis A. Kaplan, barrou os advogados do ex-presidente Donald Trump de apresentarem argumentos jurídicos no julgamento por difamação, que envolve a acusação da colunista E. Jean Carroll, que alega ter sido abusada sexualmente por Trump na década de 1990. Embora um júri anterior tenha concluído que houve abuso, não encontrou evidências suficientes para respaldar a acusação de estupro.
O julgamento para determinar os danos por difamação está programado para 16 de janeiro. Trump, atualmente um dos principais candidatos presidenciais republicanos, criticou o juiz Kaplan como uma “democrata radical” e ridicularizou Carroll por não ter gritado durante o suposto ataque, chamando a acusação de “inventada”.
Carroll, de 80 anos, recebeu 5 milhões de dólares em maio do ano passado após o júri concluir que Trump a abusara sexualmente em 1996 e difamou-a em 2022. Trump enfrenta não apenas o caso de Carroll, mas também o de acusações criminais relacionadas a tentativas de anular os resultados das eleições presidenciais de 2020, além de alegações de envolvimento no pagamento para silenciar a atriz pornô Stormy Daniels antes das eleições presidenciais de 2016. Trump se declarou inocente das acusações.
No julgamento deste mês, um júri avaliará se devem ser cobradas indenizações de Trump pelos comentários que ele fez após o veredito do ano passado e em 2019, enquanto era presidente, depois que Carroll falou pela primeira vez sobre suas acusações de estupro datadas da década de 1990 em um livro de memórias. Os advogados da colunista pediram ao juiz que os defensores de Trump não fossem autorizados a falar sobre o veredito do ano passado — sobre o fato daquele júri não ter acreditado na alegação de estupro, apenas decidido que houvera abuso — para não confundir os jurados.