Oferta Consumidor: 4 revistas pelo preço de uma

Justiça boliviana anula ordem de prisão contra ex-presidente Evo Morales

Ex-mandatário, cujo aliado político venceu eleição presidencial há uma semana, teve direito à defesa violado, diz tribunal

Por Da Redação Atualizado em 26 out 2020, 17h54 - Publicado em 26 out 2020, 17h40

A Justiça da Bolívia anulou nesta segunda-feira, 26, a ordem de prisão contra o ex-presidente Evo Morales por supostos crimes de terrorismo, uma semana depois de seu aliado político, Luis Arce, ser eleito presidente, informou o juiz Jorge Quino. Morales é alvo de mais de 30 processos apresentados durante o governo interino de Jeanine Áñez.

A ordem de detenção contra o ex-presidente, exilado na Argentina, foi suspensa porque “seus direitos foram desrespeitados, basicamente o direito à defesa, pois o ex-presidente não foi devidamente convocado”, disse Quino, presidente do Tribunal Departamental de Justiça de La Paz, à emissora Unitel.

Em julho de 2019, a Procuradoria Geral da Bolívia acusou Morales de supostos crimes de terrorismo e voltou a pedir sua prisão preventiva. Outra ordem de prisão por sedição e terrorismo havia sido proferida em dezembro contra o ex-presidente (2006-2019), após renunciar à Presidência em 10 de novembro em meio a uma convulsão social e a acusações de fraude eleitoral.

Morales renunciou sob pressão das Forças Armadas em meio a uma crise desencadeada após uma auditoria da Organização dos Estados Americanos (OEA) ter estabelecido que houve “manipulação dolosa” a favor do mandatário na eleição em que buscava seu quarto mandato consecutivo.

Continua após a publicidade

Durante a apuração da eleição, Morales aparecia na frente de seu rival, Carlos Mesa, mas a contagem foi interrompida por alguns dia e, quando voltou, a margem entre o presidente e o opositor se alongou. A direita boliviana citou fraude, enquanto partidários de Morales disseram que a contagem foi pausada por causa da demora das cédulas serem contadas em regiões distantes e de difícil acesso.

Depois de seguir ao México, o ex-presidente está desde dezembro do ano passado na Argentina. Durante esse período, teve processos abertos contra seu nome e, até a anulação desta segunda-feira, teria que respondê-los caso voltasse à Bolívia. 

O ex-presidente e seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), repudiaram todas as acusações e afirmaram que elas tinham motivações políticas.

Continua após a publicidade

A Procuradoria havia aberto, ainda, outra ação contra Morales por suposta fraude nas eleições de outubro de 2019, nas quais conquistou a reeleição para um quarto mandato, mas foram anuladas em seguida, após denúncias de irregularidades. Não houve avanços sobre este caso na Justiça.

Além disso, a Procuradoria tinha tentado, no começo deste ano, conseguir com que a Interpol emitisse uma ordem de prisão internacional contra Morales, mas a entidade se negou por considerar que se tratavam de assuntos políticos e não criminosos.

Morales foi alvo de várias acusações do governo transitório de Jeanine Áñez ao longo da campanha para as eleições de 18 de outubro, vencidas por Arce, seu ex-ministro das Finanças e artífice do “milagre econômico” dos 14 anos de seu mandato. De Buenos Aires, o ex-presidente comandou a campanha do MAS às eleições presidenciais, adiadas duas vezes, em maio e em setembro, por conta da pandemia de Covid-19.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SEMANA DO CONSUMIDOR

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nas bancas, 1 revista custa R$ 29,90.
Aqui, você leva 4 revistas pelo preço de uma!
a partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.