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Justiça dos EUA se opõe a tornar investigação contra Trump pública

Promotores do Departamento de Justiça dizem que liberar declaração juramentada para invadir a casa de Trump pode comprometer a investigação

Por Da Redação
16 ago 2022, 08h44
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  • O Departamento de Justiça dos Estados Unidos disse na noite de segunda-feira 15 que não publicaria a declaração juramentada usada para justificar a busca na casa do ex-presidente Donald Trump na Flórida, afirmando que sua divulgação “comprometeria futuras etapas de investigação” e “provavelmente esfriaria” a cooperação de testemunhas.

    Em uma petição enviada a um tribunal federal da Flórida, em resposta a pedidos de veículos de notícias americanos para tornar públicas as evidências incluídas no documento, os promotores disseram que o departamento realizou uma ampla e intensa investigação sobre a manipulação de Trump de alguns dos documentos mais secretos do governo depois que ele deixou o cargo.

    Os promotores reconheceram ter entrevistado testemunhas em conexão com a investigação da retenção do material por Trump. Eles também escreveram que a divulgação do documento poderia comprometer a continuação da investigação.

    “A divulgação do depoimento do governo nesta fase também provavelmente esfriaria a cooperação futura de testemunhas cuja assistência pode ser solicitada à medida que esta investigação avança”, escreveram os promotores. Eles acrescentaram que divulgar a declaração também pode prejudicar “outras investigações de alto nível”.

    Uma das razões propostas pelo governo para não divulgar o depoimento foi para proteger a identidade das testemunhas contra ameaças de morte. Na segunda-feira, promotores da Pensilvânia abriram um processo contra um homem acusado de ameaçar matar agentes do FBI depois que a propriedade de Trump foi revistada.

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    O juiz magistrado que assinou o mandado de busca, Bruce Reinhart, decidirá se o depoimento deve ser divulgado. Não está claro quando ele vai se pronunciar sobre o pedido da mídia.

    Trump, que acusou o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, de conduzir uma “caça às bruxas” politicamente motivada e vasculhar os bens de sua família, afirmou na segunda-feira que o governo “roubou meus três passaportes”.

    Na segunda-feira, o Departamento de Justiça admitiu o erro e entrou em contato com a equipe jurídica de Trump para recuperar os três passaportes – dois deles expirados e o terceiro um passaporte diplomático ativo, de acordo com um dos advogados do ex-presidente, Evan Corcoran.

    Em um comunicado na noite de segunda-feira, o FBI disse que “segue os procedimentos de busca e apreensão ordenados pelos tribunais e, em seguida, devolve itens que não precisam ser retidos para fins de aplicação da lei”.

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    Garland concordou na semana passada em liberar o mandado usado para revistar o clube privado de Trump, mas resistiu às tentativas de tornar público o depoimento subjacente, um documento muito mais sensível que deve conter, entre outras coisas, as razões pelas quais os promotores acreditam que havia evidências de um crime em Mar-a-Lago, a casa/resort de Trump em Palm Beach, na Flórida.

    + Os sete casos que podem levar Trump à cadeia

    Agentes federais removeram documentos ultrassecretos da residência de Trump na semana passada, como parte de uma investigação sobre possíveis violações da Lei de Espionagem, entre outras, de acordo com um mandado de busca divulgado na sexta-feira 12. Pelo menos um advogado de Trump havia assinado uma declaração por escrito em junho afirmando que todo o material secreto e em Mar-a-Lago havia sido devolvido ao governo.

    Segundo o jornal The New York Times, Trump e seu chefe de gabinete, Mark Meadows, o homem que supervisionou os registros presidenciais nos caóticos dias finais do governo, não conseguiram coletar, encaixotar e entregar os materiais para os Arquivos Nacionais – como presidentes anteriores e o próprio vice-presidente de Trump, Mike Pence, fizeram.

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    Em vez disso, o ex-presidente se concentrou em tentar fazer colar o seu discurso de fraude, para manter-se no poder. Enquanto isso, no escritório do vice-presidente Pence, todos os documentos governamentais foram indexados e encaixotados.

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