Kim Jong-un não aprovou espetáculo em homenagem ao regime
O líder do país disse que a apresentação era "equivocada" e "irresponsável"
Dezenas de milhares de pessoas participaram, na noite de segunda-feira 3 da estreia do primeiro espetáculo público do ano na Coreia do Norte. A superprodução em homenagem ao regime, no entanto, não agradou ao líder Kim Jong-un.
O evento conhecido como Jogos de Massa, típico do regime norte-coreano, tem a participação de um exército de figurantes, principalmente estudantes, que fazem coreografias elaboradas.
Em segundo plano, espalhados em um setor das arquibancadas do estádio Primeiro de Maio de Pyongyang, milhares de crianças exibem cartazes de diversas cores, criando mosaicos impressionantes. A performance, com o título “A Terra do Povo”, não conquistou o ditador.
Após a apresentação, ele fez críticas ao “espírito equivocado da produção” e à “atitude de trabalho irresponsável” dos organizadores, informou a agência oficial norte-coreana KCNA.
Não foi divulgado o que provocou a irritação do líder, que compareceu ao estádio ao lado da esposa Ri Sol-ju e da irmã e conselheira Kim Yo-jong.
Kim Yong Chol estava presente
Entre os demais dirigentes do regime, também estava presente Kim Yong-chol, que foi a contraparte do secretário de estado americano Mike Pompeo durante as negociações nucleares com Washington. As conversas com os Estados Unidos estão estagnadas desde o fracasso, em fevereiro, da segunda reunião entre Kim Jong-un e o presidente Donald Trump.
O jornal sul-coreano Chosun Ilbo informou na semana passada que Kim Yong-chol havia sido enviado a um campo de trabalhos forçados após o fracasso diplomático. Esta foi sua segunda aparição pública ao lado de Kim Jong Un desde então.
Os espetáculos de massa exigem meses de ensaios e as agências de viagem anunciavam que A Terra do Povo seria apresentado durante cinco meses, até outubro. Mas, após as críticas de Kim Jong-un, não foi possível saber o que acontecerá com a atração.
(Com AFP)