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Líder da Câmara dos EUA chega a Taiwan sob ameaças da China

A viagem de Nancy Pelosi a Taipei gera um impasse tenso com a China, que pode levar a uma postura militar mais agressiva

Por Da Redação
Atualizado em 2 ago 2022, 13h35 - Publicado em 2 ago 2022, 12h32
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  • Nancy Pelosi visita Taiwan - 22/05/2019
    Pelosi disse que "a solidariedade dos Estados Unidos com os 23 milhões de habitantes de Taiwan é mais importante hoje do que nunca, pois o mundo enfrenta uma escolha entre autocracia e democracia" - 22/05/2019 (Twitter/Reprodução)

    A líder da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, chegou a Taiwan nesta terça-feira, 2, marcando a visita da mais alta autoridade americana à ilha autônoma em 25 anos. A viagem gera um impasse tenso com a China, que pode levar a uma postura militar mais agressiva.

    A viagem provavelmente provocará uma forte resposta do governo chinês, que se enfurece contra qualquer oposição às suas reivindicações sobre Taiwan, uma ilha autogovernada. A China advertiu Pelosi para não fazer a visita, e os Estados Unidos pediram para Pequim para não transformar o acontecimento em uma crise.

    No Twitter, Pelosi escreveu que “a solidariedade dos Estados Unidos com os 23 milhões de habitantes de Taiwan é mais importante hoje do que nunca, pois o mundo enfrenta uma escolha entre autocracia e democracia”.

    Por muito tempo um assunto delicado no relacionamento conturbado entre Estados Unidos e China, Taiwan – que tem seu próprio governo democraticamente eleito – emergiu como protagonista no confronto geopolítico pela influência na Ásia.

    Sob Xi Jinping, o líder mais poderoso da China em décadas, Pequim tomou ações militares mais agressivas na região e aumentou a presença no estreito que separa Taiwan da China, uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo. Xi pediu a unificação com Taiwan como parte do “rejuvenescimento nacional” da China.

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    Os Estados Unidos enviaram um fluxo constante de altos funcionários para mostrar solidariedade a Taiwan, e o presidente Joe Biden disse inclusive que estaria pronto para defender Taiwan em caso de conflito. A Casa Branca voltou atrás nas declarações do presidente, dizendo que a política de longa data de “ambiguidade estratégica” na defesa de Taiwan permanece em vigor.

    Após uma conversa pelo telefone de quase duas horas e meia entre Biden e Xi na semana passada, a China alertou que os Estados Unidos estariam “brincando com fogo” se permitissem a visita de Pelosi.

    + China ameaça tomar ‘medidas severas’ se autoridade dos EUA visitar Taiwan

    Na manhã de quarta-feira, a líder da Câmara deve visitar o Legislativo de Taiwan e se reunir com a presidente Tsai Ing-wen, de acordo com o jornal The New York Times. Ela também deve participar de um banquete na Taipei Guest House e visitar o Museu Nacional dos Direitos Humanos.

    Antecipando a viagem, o exército da China disse no sábado que realizariam exercícios com munição real em sua costa em um dos pontos mais estreitos do Estreito de Taiwan, a apenas 130 quilômetros de Taiwan. No dia seguinte, um porta-voz da Força Aérea Chinesa disse que o país enviaria caças para sobrevoar Taiwan como uma demonstração de sua capacidade de defender a soberania.

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    + EUA levam quatro navios de guerra a Taiwan diante de visita de Pelosi

    Durante uma coletiva de imprensa na terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores da China emitiu uma nova repreensão à perspectiva de uma visita.

    “A China declarou claramente seu princípio e posição em muitas ocasiões e fez representações solenes aos Estados Unidos em muitas ocasiões”, disse Hua Chunying, porta-voz do ministério. “Acompanhamos de perto o itinerário de Pelosi. Se os Estados Unidos insistirem em seguir seu próprio caminho, a China tomará medidas firmes e poderosas para salvaguardar a soberania e os interesses de segurança da China”.

    Os Estados Unidos emitiram seus próprios alertas, dizendo estar preocupados que a China use a potencial visita para justificar uma ação militar.

    “Não há razão para Pequim transformar uma potencial visita consistente com a política de longa data dos Estados Unidos em algum tipo de crise ou conflito, ou usá-la como pretexto para aumentar a atividade militar agressiva dentro ou ao redor do Estreito de Taiwan”, John F. Kirby, um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, disse a repórteres na segunda-feira.

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