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Líder da Tailândia alerta Camboja de que confrontos podem ‘desencadear uma guerra’

Os dois países se enfrentam em áreas disputadas de fronteira desde quinta-feira 24

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 jul 2025, 08h03

O primeiro-ministro interino da Tailândia, Phumtham Wechayachai, alertou nesta sexta-feira, 25, que os embates na fronteira com o Camboja — os mais graves em mais de uma década, que já deixaram mais de quinze mortos — podem “desencadear uma guerra”. O alerta ocorre no segundo dia de trocas de disparos em áreas transfronteiriças disputadas, que viram dezenas de milhares de pessoas abandonarem suas casas.

“Se a situação se agravar, pode evoluir para uma guerra, embora por enquanto continue limitada a confrontos”, ele declarou a repórteres em Bangkok, capital tailandesa.

Na quinta-feira 24, eclodiram hostilidades intensas entre ambos os reinos, com a mobilização de aviões de combate, artilharia, tanques e infantaria, que preocuparam a comunidade internacional. Perto do disputado templo Ta Moan Thom, ao longo da fronteira, o Exército tailandês afirmou que o Camboja mobilizou um drone de vigilância antes de enviar soldados com armas pesadas, incluindo lançadores de foguetes, para uma área próxima ao templo. Um porta-voz do Ministério da Defesa do Camboja, no entanto, disse que houve uma incursão não provocada por militares tailandesas e que as forças cambojanas responderam em legítima defesa.

Os combates começaram em meio a tensões acerca de soldados mortos na divisa, que é alvo de disputa há décadas. Bangkok também havia acusado o Camboja de colocar minas terrestres em uma área disputada, ferindo três soldados. Phnom Penh negou a alegação e afirmou que os soldados se desviaram das rotas acordadas e acionaram uma mina antiga – a nação possui muitas minas terrestres remanescentes de sua guerra civil de décadas atrás, chegando a milhões, segundo grupos de desminagem.

“O Exército tailandês condena o Camboja por usar armas para atacar civis na Tailândia. A Tailândia está pronta para proteger a soberania e nosso povo de ações desumanas”, disseram as Forças Armadas do país em um comunicado.

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O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, atual presidente do bloco sul-asiático ASEAN, do qual os países em conflito também são membros, pediu calma e se dispôs como interlocutor entre os líderes tailandês e cambojano para uma resolução pacífica da disputa. A China também expressou preocupação com os combates e disse estar disponível para desempenhar papel de mediadora.

Disputa antiga

Por mais de um século, Tailândia e Camboja disputam vários pontos não demarcados ao longo de sua fronteira terrestre de 817 km, o que levou a escaramuças ao longo de vários anos e a pelo menos uma dúzia de mortes, incluindo durante um confronto de uma semana em 2011.

As tensões reacenderam em maio, após a morte de um soldado cambojano durante uma breve troca de tiros, que se transformou em uma crise diplomática e agora desencadeou confrontos armados.

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