Líder do Brexit critica decreto de Trump: Divisório e equivocado
Ministro de Relações Exteriores do Reino Unido disse que veto à entrada de imigrantes de 7 países muçulmanos "estigmatiza pela nacionalidade"

O ministro de Relações Exteriores do Reino Unido e um dos líderes da campanha do Brexit, Boris Johnson, classificou neste domingo a restrição imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à entrada de imigrantes muçulmanos como “divisória e equivocada”. “Vamos proteger os direitos e liberdades dos cidadãos do Reino Unido, aqui e no exterior. É divisório e equivocado estigmatizar pela nacionalidade”, escreveu em sua conta no Twitter o chefe da diplomacia do Reino Unido, país tradicionalmente aliado aos EUA.
We will protect the rights and freedoms of UK nationals home and abroad. Divisive and wrong to stigmatise because of nationality
— Boris Johnson (@BorisJohnson) January 29, 2017
Em menos de dez dias da posse, Donald Trump assinou um decreto que barra a entrada de cidadãos do Iraque, Síria, Irã, Sudão, Líbia, Somália e Iêmen, nações cuja população é de maioria muçulmana. Logo após a decisão, os imigrantes começaram a ser barrados de chegarem ao país na noite de sexta-feira, o que gerou críticas por parte de lideranças de todo o mundo e protestos nos Estados Unidos. Na noite de ontem, a Justiça dos EUA suspendeu a medida.
Johnson foi um principais defensores da saída do Reino Unido da União Europeia, medida que é largamente defendida por Trump. A opinião do ministro política anti-imigratória foi emitida depois que a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou por meio de seu porta-voz que não concorda com a restrição.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, também se manifestou hoje, qualificando de “vergonhosa” e “cruel” as medidas de Trump. Em declaração postada em sua conta no Twitter, Khan, o primeiro muçulmano a chegar à prefeitura da capital britânica, disse que as medidas de Trump prejudicam “os valores de liberdade e tolerância sobre os quais os Estados Unidos foram construídos”.
(Com agência Efe)