A Justiça do Paraguai extraditará para o Brasil o traficante paraguaio Carlos Antonio Caballero, o Capillo, considerado um dos maiores líderes do PCC no país vizinho. Capillo foi preso em 2009 ao lado de seu comparsa o brasileiro Jarvis Chimenes Pavão em uma operação da Secretaria Nacional Antidrogas, na cidade paraguaia Pedro Juan Caballero.
Assim como Pavão, que no ano passado foi acusado de arquitetar um plano para matar o presidente Horacio Cartes de dentro da prisão, Capillo também tinha o título de “embaixador” frente aos criminosos da facção paulista.
Segundo investigações conduzidas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, Capillo foi responsável pela entrada do PCC no Paraguai. O traficante teria estabelecido relações diretas com os fornecedores bolivianos que usam o Paraguai como base. Ao eliminar os atravessadores, o PCC deu os primeiros passos para consolidação doprimeiro cartel regional, o Narcossul, que segundo especialistas foi fundado em junho passado.
Capillo passou a fazer parte dos quadros do PCC quando cumpriu pena por tráfico em São Paulo. Em liberdade, ele foi enviado pela facção para atuar como “embaixador” junto aos fornecedores de armas de drogas da Bolívia. Em pouco tempo, ele passou atuar ao lado de Pavão e ambos centralizaram as operações de envio de drogas para o Brasil.
Segundo uma autoridade paraguaia ouvida por Veja, o próximo a ser extraditado será Jarvis Pavão. O brasileiro, que também tem cidadania paraguaia, luta para não vir para o Brasil, onde cumprirá sua pena em uma prisão federal.