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Líderes mundiais parabenizam novo premiê britânico

Trump foi um dos primeiros a se pronunciar, em possível sinal de relações melhores; Bolsonaro também demonstrou apoio: "Conte com o Brasil"

Por Da Redação
Atualizado em 23 jul 2019, 15h29 - Publicado em 23 jul 2019, 10h39

Após a escolha de Boris Johnson como novo líder do Partido Conservador e, consequentemente, primeiro-ministro do Reino Unido, líderes mundiais parabenizaram o chefe de governo eleito nesta terça-feira, 23. Um dos primeiros a se pronunciar foi o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em um possível sinal de relações mais próximas entre os dois aliados. Jair Bolsonaro também saudou o britânico: “Conte com o Brasil”. 

“Parabéns a Boris Johnson por se tornar o novo primeiro-ministro do Reino Unido. Ele será ótimo!”, escreveu Trump em publicação no Twitter logo após a eleição de Johnson.

Trump teve relações tensas com a primeira-ministra britânica de saída, Theresa May, apesar de ter sido recebido para uma visita de Estado.

Os laços ficaram ainda mais tensos neste mês, após o vazamento de mensagens do então embaixador britânico em Washington com críticas a Trump. O enviado renunciou ao cargo após a revelação.

O presidente americano já elogiou várias vezes Johnson, árduo defensor do Brexit que já foi comparado a Trump por sua abordagem combativa e não convencional.

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Johnson foi anunciado como novo líder do Partido Conservador nesta terça, após uma eleição interna na legenda. O ex-prefeito de Londres e ex-chanceler derrotou o atual secretário de Relações Exteriores, Jeremy Hunt, com 66% dos votos.

A ainda primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, também publicou uma mensagem de apoio ao seu correligionário e sucessor nas redes sociais. A conservadora prometeu “total apoio” a Johnson e pediu que ele trabalhe para executar um Brexit que “funcione para todo o Reino Unido” e para manter o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, “fora do governo”.

May deve ter uma audiência com a rainha Elizabeth II na tarde desta quarta-feira, 24, para entregar seu cargo e recomendar Johnson como sucessor. Depois de ser indicado, o novo primeiro-ministro irá ao palácio para realizar a audiência de rigor com a chefe de Estado, antes de deslocar-se à residência de Downing Street para começar a nomear seus ministros.

Jair Bolsonaro expressou o apoio do Brasil ao novo líder britânico. “Parabéns @BorisJohnson, novo Primeiro-Ministro do Reino Unido, eleito com o compromisso louvável de respeitar os desígnios do povo britânico”, escreveu no Twitter.

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“Conte com o Brasil na busca por livre comércio, na promoção da prosperidade para nossos povos, e na defesa da liberdade e da democracia”, completou.

O ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, também se pronunciou em nome do seu governo. Zarif parabenizou seu “antigo contraparte”, mas alertou ao Reino Unido que seu país irá “proteger” as águas do Golfo.

“O Irã não busca confronto”, escreveu no Twitter, em meio a grandes tensões entre os dois países após a apreensão na semana passada do “Stena Impero”, um petroleiro de bandeira britânica, e de um navio liberiano com carga de uma empresa do Reino Unido. Em Gibraltar, os ingleses haviam detido antes um petroleiro iraniano.

“Mas nós temos 1.500 milhas de costa do Golfo Pérsico. Estas são nossas águas e nós as protegeremos”, completou Zarif .

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A União Europeia (UE) parabenizou Johnson, mas reiterou que não vai acatar as promessas eleitorais do líder conservador de renegociar o acordo para o Brexit.

A Comissão Europeia está disposta a trabalhar com o novo premiê, segundo uma porta-voz, mas os limites são claros.

“Estamos ansiosos para trabalhar construtivamente com o primeiro-ministro Johnson quando ele tomar posse para facilitar a ratificação do acordo de retirada e alcançar um Brexit organizado”, disse o negociador do bloco, Michel Barnier.

“Também estamos prontos para reformular a declaração acordada em função da nova parceria”, acrescentou, ao referir-se à declaração política que acompanha o acordo legal de separação do Reino Unido com a UE.

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A futura presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também cumprimentou Boris Johnson e afirmou estar ansiosa para ter “uma boa relação de trabalho” com o britânico. A alemã foi confirmada como nova chefe do Executivo europeu na semana passada e deve tomar posse em 1º de novembro.

“Felicito calorosamente Boris Johnson” e “vou falar-lhe assim que seja designado oficialmente primeiro-ministro”, disse o presidente Emmanuel Macron, durante uma conferência de imprensa ao lado deUrsula Von der Leyen, no palácio presidencial do Eliseu.

Haverá outros temas a serem tratados, não só o Brexit, segundo Macron. Ele deu como exemplo a situação no Irã.

Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que espera enfrentar “desafios comuns” e aproveitar oportunidades ao lado de Johnson. “Felicitações sinceras de Jerusalém”, escreveu o israelense no Twitter.

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O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, afirmou estar ansioso por um “compromisso precoce para o #Brexit, Irlanda do Norte e relações bilaterais”.

A fronteira na ilha da Irlanda, entre a província britânica da Irlanda do Norte e a República da Irlanda, membro da União Europeia, é o principal obstáculo no processo Brexit.

O acordo negociado por Theresa May com a UE teria o objetivo principal de evitar o retorno das tensões nessa porção do mundo. O texto, contudo, já foi rejeitado três vezes e o impasse obrigou a premiê a anunciar sua renúncia.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, manifestou a convicção sobre um reforço das relações turco-britânicas. “Acredito que as relações entre a Turquia e o Reino Unido vão florescer ainda mais durante esta nova era”, afirmou.

Johnson possui antecedentes familiares turcos. O seu bisavô paterno, o jornalista Ali Kemal, era circassiano-turco e muçulmano secular.

Erro de Ivanka

Ivanka Trump, a filha do presidente americano Donald Trump, também foi ao Twitter comentar o assunto, mas errou a ortografia do nome do Reino Unido: ela parabenizou Johnson pelo cargo de líder de “United Kingston”, e não “United Kingdom”, como é em inglês.

Posteriormente, a assessora da Casa Branca corrigiu o seu erro.

Em junho, durante visita a Londres, Trump também cometeu uma gafe ao se referir ao príncipe Charles, herdeiro da rainha Elizabeth. O presidente americano descuidou-se do idioma herdado por seu país da Inglaterra e chamou o filho da soberana de Prince of Whales. Em bom português, chamou herdeiro do trono britânico de príncipe das baleias.

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