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Lula: Brasil vai entrar na Opep+ para ‘alertar’ sobre combustíveis fósseis

Na sexta-feira, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse não ver contradição na entrada do Brasil no grupo

Por Da Redação
Atualizado em 2 dez 2023, 08h35 - Publicado em 2 dez 2023, 08h31
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  • O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado, 2, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, que o Brasil vai entrar na Opep+ para alertar os produtores de petróleo sobre o fim dos combustíveis fósseis. O convite para ingresso brasileiro no grupo de nações observadoras da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) aconteceu durante viagem do petista à Arábia Saudita, em 28 e 29 de novembro.

    “Acho importante a gente participar, porque a gente precisa convencer os países que produzem petróleo que eles precisam se preparar para o fim dos combustíveis fósseis, e se preparar significa aproveitar o dinheiro que eles lucram para fazer investimento para que os continentes como o africano e a América Latina possam produzir os combustíveis renováveis que eles precisam, sobretudo o hidrogênio verde”, disse Lula. “Se a gente não criar alternativa, a gente não vai poder dizer que vai acabar com os combustíveis fósseis”.

    + Marina Silva diz não ver contradição na entrada do Brasil na Opep+

    A Opep, criada em 1960 e com sede em Viena, reúne hoje 13 grandes exportadores de petróleo, sendo eles Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Venezuela (todos membros fundadores), Argélia, Angola, Congo, Emirados Árabes Unidos, Gabão, Guiné Equatorial, Líbia e Nigéria. Já a Opep+ reúne os membros e Rússia, Cazaquistão, Bahrein, Brunei, Malásia, Azerbaijão, México, Sudão, Sudão do Sul e Omã.

    Segundo o presidente daPetrobras, Jean Paul Prates, o Brasil irá analisar as regras de funcionamento do grupo para tomar uma decisão em junho de 2024. Uma das resistências é o sistema de cotas de produção.

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    Na sexta-feira, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse não ver uma contradição na entrada do Brasil na Opep+, desde que seja para levar à entidade o debate da economia verde e da descarbonização.

    “Se for para levar o debate da economia verde, da necessidade descarbonizar o planeta, não [vejo problema]”, disse Marina, que estava acompanhada do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “O Brasil pode ter uma matriz 100% limpa e ajuda o mundo a fazer a transição, com hidrogênio verde”.

    Questionado sobre jornalista sobre sua opinião ao convite da Opep ao Brasil, e de uma possível contradição entre a adesão a organização e a posição do Brasil pela transformação energética, Haddad se esquivou e disse que a indústria petrolífera deveria ser a primeira em investir em descarbonização, por ser “uma das grandes responsáveis pelos problemas que estamos enfrentando” em relação às mudanças climáticas.

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