O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira, 18, que a explosão que matou mais centenas de pessoas no hospital Al-Ahli al-Arabi, em Gaza, na véspera, era uma “tragédia injustificável”. Em uma publicação na plataforma X, antigo Twitter, o petista também reforçou o apelo pela defesa da vida de pessoas inocentes.
+ Em encontro com Netanyahu, Biden atribui ataque a hospital de Gaza ao ‘outro lado’
“O ataque ao Hospital Baptista Al-Ahli é uma tragédia injustificável. Guerras não fazem nenhum sentido. Vidas perdidas para sempre. Hospitais, casas, escolas, construídas com tanto sacrifício destruídas em instantes”, disse o presidente.
+ Egito sugere que civis de Gaza sejam realocados em deserto de Israel
O ataque ao Hospital Baptista Al-Ahli é uma tragédia injustificável. Guerras não fazem nenhum sentido. Vidas perdidas para sempre. Hospitais, casas, escolas, construídas com tanto sacrifício destruídas em instantes. Refaço este apelo. Os inocentes não podem pagar pela insanidade… https://t.co/uKH3iI9rsG
— Lula (@LulaOficial) October 18, 2023
O Hamas, o grupo terrorista palestino que controla Gaza, culpou um ataque aéreo israelense pelo incidente, que o Ministério da Saúde palestino afirma ter matado 500 pessoas. Já Israel diz que a tragédia foi resultado do lançamento fracassado de um foguete pela Jihad Islâmica Palestina, grupo aliado ao Hamas no enclave palestino. De acordo com o porta-voz militar, cerca de 450 foguetes disparados de Gaza falharam e caíram dentro do território palestino nos últimos 11 dias.
Em meio a trocas de acusações, Lula reforçou seus pedidos feitos há exatamente uma semana, quando clamou pela proteção de civis com um cessar-fogo imediato e libertação automática dos reféns do Hamas.
+ Após ataque a hospital, reunião entre líderes árabes e Biden é cancelada
“É preciso que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias. É preciso que Israel cesse o bombardeio para que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra”, declarou o presidente no dia 11 de outubro.
Nesta quarta-feira, ele reiterou: “Refaço este apelo. Os inocentes não podem pagar pela insanidade da guerra.”
Antes da explosão de terça-feira, as autoridades de saúde em Gaza disseram que pelo menos 3.000 pessoas morreram desde o início dos bombardeios de Israel, em 7 de outubro, após o ataque do Hamas às comunidades do sul de Israel, no qual 1.300 pessoas foram mortas e cerca de 200 foram levadas para Gaza como reféns.