Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Luta pela liberdade: as manifestações pró-democracia em Cuba

Em Havana, os insurgentes cercaram o Capitólio Nacional aos gritos de “Abaixo a ditadura”. Máquina de repressão local deu dura resposta

Por Duda Monteiro de Barros Atualizado em 4 jun 2024, 12h33 - Publicado em 23 dez 2021, 06h00

Desde que o povo cubano irrompeu nas ruas em 1994, numa sucessão de atos que refletiram a insatisfação com o colapso do país com o fim dos subsídios soviéticos, não se via nada parecido. Em julho de 2021, populações de sessenta cidades foram sacudidas por manifestações pró-democracia embaladas por gente jovem. Em Havana, a capital, os insurgentes cercaram o Capitólio Nacional aos gritos de “Abaixo a ditadura” e “Pátria e vida”, uma adaptação do slogan nacional “Pátria ou morte”. A dura resposta promovida pela máquina de repressão local — confrontos com a polícia, prisões sem justificativa plausível e desaparecimentos — não surpreende na ilha caribenha, onde as liberdades individuais são tosadas pelo governo comunista hoje concentrado nas mãos de Miguel Díaz-Canel. O presidente logo veio a público para empurrar a culpa das agitações, como sempre, em eterno mantra, para os Estados Unidos, que estariam “manipulando os dissidentes do sistema”.

As razões que desembocaram nas passeatas de julho são palpáveis. A economia de Cuba já vinha em queda livre, acentuada pelas sanções comerciais americanas, até que a pandemia levou os turistas embora e agravou males que castigam o dia a dia da população, como a falta de comida e remédios e os apagões diários decorrentes da escassez de investimentos. A reação oficial tem sido miúda diante da grandeza das necessidades humanas que se avolumam — o governo liberou a abertura de pequenas empresas privadas e unificou as duas moedas que circulavam ali, elevando os salários para frear a perda de poder aquisitivo. Só que a inflação disparou 60% e o PIB encolheu 13% nos últimos meses. Em novembro, uma nova manifestação foi abafada pelos soldados de plantão. Opositores tiveram as casas vigiadas e alguns foram forçados a deixar o país com a roupa do corpo. O sonho de liberdade, porém, resiste.

Publicado em VEJA de 29 de dezembro de 2021, edição nº 2770

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.