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Macron anuncia viagem para tentar impedir China de mandar armas à Rússia

Visita marcada para próxima semana ocorre em meio a intensos protestos dentro da França contra reforma da Previdência

Por Da Redação 31 mar 2023, 11h22
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  • French President Emmanuel Macron attends a ceremony in tribute to French GIGN gendarme Marechal des Logis-Chef Arnaud Blanc, who was killed in an operation against illegal gold mining in French Guiana, at the French National Gendarmerie Intervention Group (GIGN) base of Versailles-Satory in Versailles, west of Paris, on March 31, 2023. - The 35-year-old elite gendarmerie sub-officer was killed in the French overseas territory in South America on March 25, 2023, after being shot by an armed group during the operation. (Photo by Ludovic MARIN / POOL / AFP)
    O presidente francês Emmanuel Macron participa de uma cerimônia em homenagem ao gendarme francês do GIGN Marechal des Logis-Chef Arnaud Blanc, que foi morto em uma operação contra a mineração ilegal de ouro na Guiana Francesa, na base do Grupo de Intervenção da Gendarmaria Nacional Francesa (GIGN) de Versalhes-Satory em Versalhes. 31/03/2023 - (Ludovic Marin/POOL/AFP)

    O presidente francês, Emmanuel Macron, irá à China na próxima semana para uma rara visita à potência asiática. A visita vai ocorrer em um momento em que o mandatário tenta equilibrar suas ambições como estadista global e conter intensos protestos contra a reforma previdenciária na França.

    De acordo com autoridades ouvidas pela agência de notícias Reuters, o líder francês tem o objetivo e deixar claro para o presidente chinês, Xi Jinping, que a Europa não aceitará que a China forneça armas à Rússia. No início deste mês, Xi foi recebido no Kremlin por Vladimir Putin.

    Para distanciar Pequim e Moscou, analistas dizem que Macron pode utilizar a decisão de Putin de de posicionar armas nucleares em Belarus, visto que a posição chinesa é contra a proliferação nuclear.

    “Nossa mensagem será clara: pode haver uma tentação de se aproximar da Rússia, mas não ultrapasse essa linha”, disse um diplomata francês à Reuters.

    No entanto, um diplomata de Bruxelas disse que muitos na Europa duvidam que ele possa ter sucesso em seu objetivo de pressionar a China a pressionar Moscou para acabar com a guerra. “Muitos em Bruxelas reviram os olhos quando você menciona isso”, reconheceu.

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    + Manifestantes voltam às ruas na França contra a reforma da Previdência

    A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que acompanhará Macron em Pequim, disse que o bloco está tentando diminuir os riscos econômicos e diplomáticos em um momento em que a China tem cada vez mais controle sobre as empresas. Os problemas na relação entre Washington e Pequim dá à Europa um pouco mais de influência.

    “Macron pode transmitir uma mensagem de que a Europa quer se envolver com a China, mas que será difícil se a China continuar no caminho que está seguindo atualmente com a Rússia”, disse Noah Barkin, analista do Rhodium Group, à Reuters.

    Ao mesmo tempo, os assuntos internos da França também são um preocupação dos analistas. A decisão de aumentar em dois anos a idade mínima para se aposentar no país é extremamente impopular e está causando uma série de protestos entre a população.

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    O caos nas ruas francesas, onde pilhas de lixo sendo queimadas viraram uma cena frequente, já fez com que o rei Charles III, do Reino Unido, cancelasse a sua viagem ao país, um constrangimento dentro de círculos diplomáticos.

    Alguns diplomatas, no entanto, minimizam o impacto que protestos domésticos podem ter na credibilidade de Macron no exterior, apontando que Xi enfrentou seus próprios protestos no final do ano passado.

    “Os chineses desempenharão um bom papel de equilíbrio. Eles precisam de um bom relacionamento com a Europa, então não vão querer brincar com os problemas internos de Macron”, disse um diplomata francês à Reuters.

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