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Macron e outros líderes da UE criticam tarifas dos EUA

Bloco europeu, Canadá e México anunciaram que responderão medida protecionista de Trump com novas taxas sobre importações americanas

Por Da Redação
1 jun 2018, 11h36
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  • O presidente da França, Emmanuel Macron, telefonou na noite de quinta-feira (31) para Donald Trump para manifestar seu descontentamento pelas tarifas impostas às importações de aço e alumínio da União Europeia (UE), Canadá e México. O líder afirmou também que o nacionalismo econômico prejudicará todo o mundo, inclusive os Estados Unidos.

    O Palácio do Eliseu explicou hoje que durante a conversa Macron lembrou ao presidente americano que a decisão de estabelecer essas tarifas é “ilegal” porque vai contra as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

    Macron também ressaltou que a União Europeia reagirá com “as medidas apropriadas, de forma firme e proporcional, conforme as regras da OMC”.

    A comissária de Comércio da UE, Cecilia Malmström, reforçou a posição do presidente francês, em uma declaração nesta sexta-feira (01).

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    Segundo ela, a postura dos Estados Unidos enfraquece as relações entre as duas partes. A autoridade disse ainda que as medidas do governo Trump “causarão muito prejuízo para nosso setor de aço e alumínio”, rechaçando o argumento americano de que as tarifas eram necessárias por questões de segurança nacional. “A segurança interna não é relevante [nesse caso]. Isso é puro protecionismo.”

    O bloco europeu já anunciou que irá taxar a importação de uísque bourbon e das motocicletas Harley Davidson americanas. Malmström anunciou uma coletiva de imprensa para às 20h do horário local (15h em Brasília), na qual deve formalizar a resposta da UE às novas tarifas dos Estados Unidos.

    Por meio de um porta-voz, o governo do Reino Unido afirmou que estava “profundamente desapontado” com a decisão americana. “O Reino Unidos e outros países da União Europeia são aliados próximos ais Estados Unidos e devem estar permanentemente isentos das medidas americanas sobre o aço e o alumínio”, disse.

    Já o ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, disse em entrevista à agência Reuters na quinta-feira que a resposta da UE às tarifas deve ser “clara, forte e inteligente”.

    Canadá e México

    Canadá e México, que também estão sujeitos às novas taxas a partir de hoje, também responderam com a imposição de tarifas sobre bilhões de dólares de produtos dos Estados Unidos, desde suco de laranja a carne de porco.

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    O anúncio do governo americano sobre a imposição de tarifas de importação sobre o alumínio e aço do Canadá, do México e da União Europeia encerrou meses de incerteza sobre possíveis isenções e reacendeu temores sobre uma guerra comercial global. A medida afetou mercados financeiros em todo o mundo.

    As tarifas de importação de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio entraram em vigor à meia-noite (horário local) desta sexta, segundo anunciou o secretário de Comércio norte-americano, Wilbur Ross, em entrevista a jornalistas por telefone.

    “Estamos ansiosos para continuar as negociações, tanto com o Canadá e o México, por um lado, e com a Comissão Europeia, por outro lado, porque há outras questões que também precisamos resolver”, disse.

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    O Brasil, segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos, negocia com Washington uma eventual isenção das tarifas sobre aço e alumínio, impostas em março pelo governo Trump.

    Resposta chinesa

    Diante das novas taxas, a China demosntrou vontade de trabalhar com todos os países para promover o multilateralismo e o crescimento econômico.

    “É verdade que muitos países estão preocupados com esta amostra indiscriminada de protecionismo e unilateralismo”, lamentou em entrevista coletiva em Pequim uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying.

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    “Acreditamos que todos os países, especialmente as economias desenvolvidas, devem aplicar o multilateralismo perante estas ações indiscriminadas que não são construtivas”, acrescentou.

    A porta-voz pediu a todos os países que se oponham às medidas dos Estados Unidos e apliquem o sistema internacional de comércio, “aberto e transparente”, que tem como centro a Organização Mundial de Comércio (OMC).

    (Com Reuters e EFE)

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