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Macron pede que Xi traga Rússia ‘de volta à razão’ sobre guerra na Ucrânia

Presidente francês fez apelo na primeira de uma série de reuniões em Pequim, onde Europa lança ofensiva de charme para acessar mercado chinês

Por Da Redação
Atualizado em 6 abr 2023, 09h52 - Publicado em 6 abr 2023, 09h46
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  • O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu ao líder chinês, Xi Jinping, para trazer a Rússia “de volta à razão” em relação à guerra na Ucrânia, durante a primeira de uma série de reuniões de alto nível em Pequim nesta quinta-feira, 6.

    “A agressão russa na Ucrânia foi um golpe para a estabilidade [internacional]”, disse Macron a Xi, do lado de fora do Grande Salão do Povo antes da reunião bilateral. “Sei que posso contar com você para trazer a Rússia de volta à razão e todos de volta à mesa de negociações.”

    Xi concordou que deseja evitar uma escalada, acrescentando que a Europa é um “polo independente em um mundo multipolar” e que a China apoia a “autonomia estratégica” da Europa.

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    Nesta quinta-feira, Xi e Macron conduziram uma primeira reunião da visita do francês, com o objetivo de aumentar as credenciais de ambos os líderes como estadistas, que podem negociar mesmo com diferenças políticas.

    O chinês disse que os países estão planejando um acordo comercial chamado “da fazenda francesa à mesa chinesa”. Já Macron disse que Paris e Pequim tinham uma “parceria estratégica” que ajudaria a proporcionar estabilidade global.

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    Um dos muitos projetos da China é estabelecer laços com a Europa, independentes do relacionamento azedo entre Pequim e Estados Unidos. Além do presidente francês, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia (executivo da União Europeia), também viajou para encontrar-se com Xi.

    Os Estados Unidos, como não poderia deixar de ser, pediram a Macron para usar a visita para dissuadir a China de estreitar os laços com a Rússia. Após a reunião bilateral com Xi, o presidente francês garantiu que seu homólogo chinês tinha “opiniões importantes” sobre a Ucrânia, acrescentando que tanto França quanto China concordaram que as armas nucleares devem ser excluídas do conflito.

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    O Kremlin afirmou nesta quinta-feira que “não há perspectivas” de um acordo político para a paz na Ucrânia, mediado pela China ou por qualquer outro país.

    Para além da Ucrânia, Macron também se encontrou com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, para discutir sobre o acesso das empresas francesas ao mercado chinês – particularmente no setor aeronáutico, indústria de alimentos e finanças. A comitiva da França em Pequim é composta por cerca de 50 executivos de empresas, incluindo os principais executivos da Airbus e da EDF.

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    Macron também levantou a questão da Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, que a França sediará em junho – dizendo que a China deve desempenhar um papel fundamental nos desafios de financiar a luta contra a pobreza e a crise climática.

    Críticos alegaram que o presidente francês está priorizando os negócios em relação à segurança nacional e internacional. Ele rejeitou a acusação, dizendo à Reuters na quarta-feira que “autonomia estratégica não significa autarquia”.

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