O presidente da França, Emmanuel Macron, recebeu neste sábado no Palácio do Eliseu o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, que estava na Arábia Saudita desde que anunciou que tinha abandonado seu cargo no último dia 4.
Hariri entrou na sede da presidência francesa às 12h10 (horário local, 9h10 de Brasília), após chegar no começo da manhã à capital francesa.
Macron disse nesta sexta-feira em Gotemburgo, ao término da cúpula social europeia, que lhe receberia “com as honras que merece um primeiro-ministro”, porque sua renúncia “não foi reconhecida em seu país, uma vez que ainda não retornou”.
O chefe do Estado francês antecipou que Hariri pretende voltar ao seu país “nos próximos dias ou semanas”, embora tenha deixado claro que corresponde a ele pronunciar-se sobre sua agenda.
A agência de notícias libanesa “ANN” indicou hoje que Hariri informou ao presidente do Líbano, Michel Aoun, que estará presente na Festa da Independência no próximo dia 22 de novembro.
O encontro de hoje acontece após o convite feito por Macron a Hariri para viajar a Paris e encerrar sua permanência na Arábia Saudita, que tinha acentuado a crise política suscitada em Beirute por sua renúncia.
Hariri negou em reiteradas ocasiões que estivesse na Arábia Saudita contra sua vontade e, nesta sexta-feira, destacou no Twitter que sua estadia tinha como objetivo “fazer consultas sobre o futuro da situação no Líbano e sua relação com seu entorno árabe”.
“Dizer que estou retido na Arábia Saudita e que não me permitem deixar o país é uma mentira”, escreveu ontem à noite nessa mesma rede social quando estava a caminho do aeroporto.
(Com a agência EFE)