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Maduro chama opositor de ‘capitalista selvagem’ durante comício

O presidente também acusou seu opositor Edmundo González de ser um "fantoche" da sua principal rival, Maria Corina Machado

Por Mafê Firpo Atualizado em 25 jul 2024, 22h19 - Publicado em 25 jul 2024, 19h34

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou seu opositor na corrida presidencial, Edmundo González “capitalista selvagem” durante o último comício da campanha realizado nesta quinta-feira, 25, em Macaraibo.

“Vocês querem que chegue à presidência da República uma marionete, um boneco da direita radical extremista?”, questionou Maduro. “Vocês querem um presidente capitalista selvagem, que privatiza a educação? Que privatiza o direito a saúde? Que privatiza toda a economia?”, disse, acrescentando que é um “presidente do povo”.

Em sua declaração, Maduro afirmou ser um “homem que vem do povo”. O mandatário foi motorista de ônibus em Caracas e durante o governo de seu antecessor, Hugo Chávez, ele conseguiu se tornar ministro das Relações Exteriores e vice-presidente, antes de ser escolhido como sucessor.

Além disso, o venezuelano também acusou González de ser um “fantoche” da sua principal rival, Maria Corina Machado, afirmando que seu opositor na disputa presidencial era manipulável. No início da corrida, Maria Corina chegou a ser escolhida pela coalização de oposição para enfrentar Maduro, sendo a favorita nas pesquisas de intenção de voto. No entanto, ela foi impedida pelo Supremo venezuelano de participar por supostas acusações de fraude.

González foi a terceira opção de candidato. Depois de Maria Corina, a sua aliada, Corina Yoris, foi escolhida para ser sua substitua. No entanto, a filósofa não conseguiu registrar sua candidatura por não estar registrada na Justiça Eleitoral.

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Atualmente, González está na frente nas pesquisas de intenção de voto – uma pesquisa do Instituto Delphos afirmou que Maduro está em segundo lugar com 24,6% dos votos, enquanto seu opositor aparece com quase 60%. Ambos finalizaram a campanha com comícios realizados em Caracas nesta quinta.

Eleições justas

Desde o início da campanha presidencial, Maduro deu indícios de que não queria sair do poder, buscando seu terceiro mandato. Recentemente, o presidente venezuelano afirmou que haveria um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso ele não vencesse as eleições, chamando a mídia internacional que está no país de “assassinos de aluguel”. Em resposta as declarações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ter ficado assustado.

O venezuelano desconvidou diversos observadores internacionais para as eleições, como um grupo da União Europeia e o ex-mandatário da Argentina Alberto Fernandez, entretanto, as Nações Unidas afirmou que iria enviar uma comitiva, ato considerado comum na diplomacia em países com democracias não estáveis.

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