O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na terça-feira, 27, que mudará metade de seu gabinete de 30 membros, que inclui líderes militares. A decisão ocorre depois do Superior Tribunal de Justiça ratificar a vitória do líder chavista nas eleições de 28 de julho, um resultado contestado pela oposição, grande parte da comunidade internacional e órgãos independentes.
As mudanças incluem trocas nas lideranças dos ministérios do Petróleo e das Finanças, bem como da PDVSA, principal petrolífera estatal. Anabel Pereira será a nova chefe das finanças, enquanto Hector Obregon comandará a estatal, substituindo Pedro Tellechea. Ele, por sua vez, passará a chefiar o Ministério da Indústria, afirmou Maduro em comunicado transmitido pela televisão estatal.
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Obregon é um advogado que foi adicionado ao conselho executivo da PDVSA no ano passado. Suas demais responsabilidades governamentais incluem cargos no Ministério das Finanças e no banco de desenvolvimento da Venezuela.
“Autogoverno popular”
A vice-presidente, Delcy Rodriguez, permanecerá em seu cargo, mas adicionará o ministério do Petróleo à sua lista de responsabilidades, acrescentou o ditador. Ao lado de seu irmão, Jorge Rodríguez, ela é uma das mais importantes figuras para a manutenção do poder de Maduro. Eles são filhos do guerrilheiro Jorge Antonio Rodríguez, morto em 1973 e atualmente um símbolo para os chavistas.
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“Caminhamos para uma grande etapa do autogoverno popular e tenho certeza de que não cometeremos erros, que faremos as mudanças de que a Venezuela precisa e que a vida será muito melhor”, disse Maduro, segundo a imprensa local, antes de anunciar a reforma.
Yvan Gil e Vladimir Padrino, por sua vez, permanecerão em seus respectivos cargos como ministro das Relações Exteriores e ministro da Defesa. Já Diosdado Cabello, o líder da legenda de Maduro, o Partido Socialista Unido da Venezuela, será o novo ministro do Interior, Justiça e Paz.