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Maduro ordena resposta com ‘chumbo’ a ataque a quartel

Oposição suspeita que líder de ataque seja, na realidade, colaborador de Maduro, que tem histórico de inventar tentativas de golpes de Estado

Por Da Redação
Atualizado em 20 dez 2017, 16h48 - Publicado em 20 dez 2017, 12h25

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou na terça-feira às Forças Armadas que respondam com “chumbo” ao ataque ocorrido na segunda em um quartel da Guarda Nacional Bolivariana liderado pelo ex-policial Óscar Pérez.

“Onde quer que apareçam, ordenei às Forças Armadas chumbo nos grupos terroristas. Chumbo neles, compadre!”, exclamou Maduro em reunião com prefeitos e governadores.

Pérez reivindicou a autoria do ataque em um vídeo no qual seus comandados subjugam guardas nacionais enquanto ele recrimina os militares pelo apoio ao governo.

“Por que continuam defendendo narcotraficantes, terroristas? Sejam dignos do uniforme que vestem. São irresponsáveis, uns traidores da pátria por não fazer algo”, afirmou Pérez.

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Ele está na clandestinidade desde julho, quando lançou várias granadas do alto de um helicóptero roubado da polícia em direção a dois edifícios governamentais em Caracas.

À época, o episódio gerou suspeitas entre opositores e analistas uma vez que Maduro tem histórico de inventar tentativas de golpes de Estado, os quais usa como justificativa para aumentar a repressão. O fato de Pérez ser um ator que protagonizou um filme de suspense em 2015 com o apoio do governo aumentou ainda mais a desconfiança.

Maduro classificou o incidente de terça-feira como um “ataque terrorista de uma unidade mandada de Miami”.

Segundo o ditador, outros dois “ataques” ordenados pelos Estados Unidos teriam sido realizados: um blecaute ocorrido ontem em Caracas e em dois estados vizinhos e a tentativa de uma ONG de embarcar 120 crianças venezuelanas em um avião com destino ao Peru, na última sexta-feira, para elas se reencontrarem com seus pais que emigraram para o país.

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“Por sorte a Procuradoria agiu rápido. Estão presos os responsáveis, e estamos buscando os responsáveis internacionais e vamos solicitar código vermelho [da Interpol, para busca e prisão]”, declarou Maduro.

As autoridades venezuelanas impediram as crianças de embarcar ao identificar irregularidades nos documentos de viagem de algumas delas. Os dirigentes da ONG que as acompanhavam foram detidos.

A atuação do governo venezuelano foi duramente criticada pela oposição e por grupos da sociedade civil, que a consideram um ataque aos direitos humanos e a denunciaram a instituições internacionais.

(com EFE)

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