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Mãe e filho brasileiros se reencontram 29 dias após imigrarem aos EUA

Lidia Karina Souza foi separada do filho de 9 anos ao cruzar ilegalmente a fronteira com o México, em maio, e processou o governo Trump

Por Da Redação
Atualizado em 29 jun 2018, 12h01 - Publicado em 28 jun 2018, 21h16
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  • Um juiz federal de Chicago ordenou nesta quinta-feira (28) a libertação imediata de um menino brasileiro de nove anos que estava separado da sua mãe nos Estados Unidos depois de ambos terem cruzado juntos a fronteira do país com o México. A informação é do escritório de advocacia que cuida do caso.

    Segundo a decisão do juiz, que concedeu a liminar à mãe, a brasileira Lidia Karine Souza, a reunificação deveria ser feita no mesmo dia. Poucas horas depois, ela e o filho estavam juntos, após 29 dias.

    Ainda segundo o processo, a mãe entrou nos Estados Unidos de maneira ilegal, mas já cumpriu sua sentença relacionada à entrada e foi libertada no último dia 9 de junho. Ela aguarda o resultado de um pedido de asilo no país.

    O menino passou quatro semanas em um abrigo em Chicago. No último dia 26 de junho, o advogado de Karine entrou na Justiça com um pedido de medida cautelar contra a separação da família, consequência da política de tolerância zero promovida desde maio pelo procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions.

    Diogo passou a maior parte do tempo em que ficou no abrigo sozinho, em quarentena, por causa da catapora que contraiu. Passou seu nono aniversário longe da mãe, autorizada a conversar com o garoto por apenas 20 minutos por semana.

    Lidia foi presa na fronteira com o México no final de maio, quando tentava ingressar com o filho nos Estados Unidos. Ela foi para uma prisão, no Texas. Ele, para uma instituição em Chicago.

    Ao deixar a cadeia, em 9 de junho, a brasileira de 27 anos solicitou refúgio no país, alegando risco para sua vida no Brasil, e se embrenhou por duas semanas em uma investigação para saber aonde Diogo estava abrigado.

    “Vim por necessidade”, afirmou ela, que traz o nome do filho tatuado no pulso, ao The New York Times.

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    A separação de famílias vem ocorrendo desde que o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou uma política de tolerância zero com a imigração ilegal em maio deste ano.

    No último dia 20 de junho, depois de pressão doméstica e internacional, o presidente assinou um decreto executivo para suspender a separação das famílias, mas ainda não está claro como a reunificação será feita. Segundo informações, 51 crianças brasileiras foram separadas de suas famílias no período.

    (Com Agência Brasil)

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