Nesta terça-feira, 11, equipes de resgate da Hungria encontraram mais quatro corpos na carcaça do barco que naufragou no rio Danúbio, em Budapeste, no último dia 29 de maio.
A embarcação turística afundou depois de colidir com um navio de cruzeiro fluvial. Dezenove turistas sul-coreanos e um guia local já haviam sido encontrados sem vida, e oito pessoas continuavam desaparecidas até a noite de segunda-feira 10. Outros sete passageiros foram resgatados com ferimentos leves logo depois do acidente, sob forte chuva.
Segundo as autoridades, os destroços da embarcação devem ser retirados da água por etapas, dependendo das condições do casco e da retirada dos corpos.
O plano envolve levantar os restos do barco Hableány com o uso de um guindaste flutuante e colocá-los em uma grande barcaça. Depois, o material será entregue à polícia para investigação dos motivos do acidente.
Acidente com resgatista
Durante as operações de busca na madrugada desta terça, um integrante das equipes caiu na correnteza do rio Danúbio e teve de ser resgatado, depois de quase ser levado pela água.
Nos últimos dias, os mergulhadores têm entrado periodicamente na carcaça do barco, realizando trabalhos mais arriscados, para buscar corpos que possam estar presos em seu interior. Os danos no casco são visíveis na parte traseira do Hableány, onde a colisão aconteceu.
Depois do acidente, os resgatistas passaram dias sem acesso ao barco submerso, por causa da forte correnteza do rio, motivada por semanas de fortes chuvas na região.
Procurando alternativas, as equipes voltaram suas atenções a prender fios abaixo e em volta da carcaça, preparando-a para ser elevada por um guindaste instalado em uma balsa.
Os esforços para encontrar as vítimas desaparecidas e para levantar o Hableány têm enfrentado a altura da água do Danúbio nesta primavera europeia, além de sua visibilidade quase nula. A expectativa, entretanto, é de que os níveis caiam drasticamente nos próximos dias.
O capitão do outro navio envolvido no acidente, o Viking Sigyn, foi preso no dia 1° de junho, sob a suspeita de direção imprudente, o que poderia ter causado o choque.
O Viking Sigyn, que sofreu menos danos por ser uma embarcação de grande porte, deixou Budapeste menos de 48 horas depois do acidente com o Hableány. Agora, ele está de volta à Hungria, seguindo sua agenda de viagens na cidade de Visegrad, ao norte da capital.
Segundo a polícia, os investigadores foram até o local na última segunda-feira, para realizar outra inspeção.
(com AFP)