Mais de 1.200 vítimas são enterradas em vala comum na Indonésia
Agência é criticada por ter suspendido o alarme de tsunami antes de as ondas atingirem a ilha de Sulawesi
Por Da Redação
Atualizado em 1 out 2018, 20h07 - Publicado em 1 out 2018, 17h01
Soldado carrega idosa na cidade de Palu, na Indonésia, após devastação provocada por terremoto seguido de tsunami - 01/10/2018 (Sahrul Manda Tikupadang/Antara Foto/Reuters)
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O total de mortos em decorrência do terremoto e do tsunami na ilha de Sulawesi, na Indonésia, supera 1.200, segundo autoridades locais. Enquanto as equipes de resgate trabalham para encontrar vítimas, o governo de Jacarta se defronta com o inexplicável fato de um alerta ter sido desativado pouco antes de a onda atingir a ilha.
Aturdidos pelo número de corpos e pela temperatura acima de 32 graus, as autoridades militares e locais decidiram-se por um rápido enterro em vala comum, segundo o porta-voz da Agência Nacional de Desastres e Mitigação da Indonésia (BMKG), Sutopo Purwo Nugroho. A demora poderia causar problemas graves sanitários.
1/20 Uma balsa de passageiros foi levada para terra firme em prédios em Wani, na região central de Celebes da Indonésia, depois que um terremoto e um tsunami atingiram a área - 03/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
2/20 Navio fica encalhado depois do terremoto e tsunami que atingiram uma área em Wani, Donggala, Central Sulawesi, Indonésia - 03/10/2018 (Athit Perawongmetha/Reuters)
3/20 Mulheres passam diante dos escombros grande mesquita Baiturrahman em Palu, no centro de Sulawesi, na Indonésia após terremoto e tsunami que atingiram a região - 03/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
4/20 Sobrevivente do terremoto caminha sobre os escombros de um complexo fabril em Palu, na Indonésia após o local ser destruído por um terremoto seguido de tsunami - 03/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
5/20 Imagem aérea mostra a grande mesquita Baiturrahman em Palu, no centro de Sulawesi, na Indonésia, após um terremoto e um tsunami atingiram a área - 03/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
6/20 Mulher caminha na área onde ficava sua casa no subdistrito de Lere em Palu, na Indonésia. Cerca de 1400 pessoas morreram no terremoto seguido de tsunami que atingiram a região - 03/10/2018 (Adek Berry/AFP)
7/20 Sobrevivente caminha debaixo de carro após terremoto seguido de tsunami atingir a região de Palu, na Indonésia - 01/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
8/20 Navio é visto encalhado após a passagem de terremoto seguido de tsunami na região de Wani, na ilha de Celebes, Indonésia - 01/10/2018 (Antara Foto/Muhammad Adimaja/Reuters)
9/20 Foto aérea dá noção da destruição causada após o terremoto de 7,5 graus de magnitude seguido de tsunami, em Palu, no centro de Sulawesi, na Indonésia - 01/10/2018 (Hafidz Mubarak A/Antara Foto/Reuters)
10/20 Uma ponte que cedeu após as fortes ondas causadas pelo tsunami, é vista submersa na cidade de Palu - 01/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
11/20 Moradores formam fila para conseguir combustível em um posto de gasolina na cidade de Palu, na Ilha de Sulawesi, Indonésia - 01/10/2018 (Basri Marzuki/Antara Foto/Reuters)
12/20 Equipe de resgate carregam um corpo encontrado nos escombros durante as missões de resgate em Petabo, ao sul de Palu, na Indonésia - 01/10/2018 (Akbar Tado/Antara Foto/Reuters)
13/20 A imagem aérea mostra um barco que invadiu a costa após o tsunami causado pelo terremoto de 7,5 graus de magnitude na cidade de Palu, Indonésia - 01/10/2018 (Jewel Samad/AFP)
14/20 Residentes de Palu, a cidade mais afetada pelo terremoto seguido de tsunami em Sulawesi, na Indonésia, carregam mantimentos após os tremores - 29/09/2018 (Muhammad Rifki/AFP)
15/20 Carros são vistos em uma vala após a destruição do terreno em que estavam durante o terremoto que atingiu Palu, na Indonésia - 01/10/2018 (Beawiharta/Reuters)
16/20 Moradores que ficaram desabrigados após o terremoto e o tsunami na Indonésia, aguardam para serem levados da cidade de Palu por aviões militares no Aeroporto Mutiara Sis Al Jufri - 30/09/2018 (Akbar Tado/Antara Foto/Reuters)
17/20 Residentes evacuam suas casas destruídas após o terremoto seguido de tsunami que afetou 1,5 milhão de pessoas na Indonésia - 01/10/2018 (Beawiharta/Reuters)
18/20 Vista aérea da mesquita Baiturrahman destruída pelo Tsunami em Palu, Indonésia - 30/09/2018 (Antara Foto/Muhammad Adimaja/Reuters)
19/20 Pessoas buscam combustível na cidade de Palu, Indonésia - 30/09/2018 (Antara Foto/Muhammad Adimaja/Reuters)
20/20 Homem chora próximo ao corpo de sua mãe morta em decorrência do terremoto que atingiu a cidade de Palu na Indonésia - 29/09/2018 (Antara Foto/Basri Marzuki/Reuters)
O terremoto de 7.5 graus na escala Richter deu-se às 18h30 de sexta-feira, 26, em Sulawesi, seguido por dezenas de outros tremores. Segundo a BBC, a agência meteorológica e geofísica BMKG, da Indonésia, emitiu um alerta logo depois do primeiro sismo sobre possíveis ondas de 50 centímetros a metros de altura. Mas o alarme foi suspenso 30 minutos depois.
A cidade de Palu foi devastada pelas ondas de mais de seis metros de altura no momento em que centenas de pessoas estavam na praia para um festival, informou a BBC. A Agência Nacional de Desastres e Mitigação atribuiu ao tsunami a maior parte das vítimas fatais.
Diante das críticas, a presidente da BMKG, Dwikorita Karnawati, defendeu sua agência alegando que o fim dos alertas deu-se apenas depois da terceira e última onda do tsunami, às 18h37. Ela disse ainda que recebera observações de um funcionário da agência sobre o tsunami em Palu antes da desativação do alarme.
O tsunami devastou a cidade de 300.000 habitantes. Equipes de resgate atuam em edifícios e infraestruturas desmoronadas à procura de sobreviventes. As estruturas de comunicação e de transportes estão destruídas, o que dificulta o trabalho. Outro obstáculo está no fato de parte das equipes estar em outra ilha, Lombok, que sofreu um terremoto de 6,9 graus em setembro.
A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 191.000 pessoas necessitem de ajuda humanitária. Citando o jornal Jacarta Post, a NPR informou que sobreviventes desesperados param e assaltam caminhões carregados de alimentos, água potável e combustível em Palu. Milhares de pessoas acamparam no aeroporto local, que foi reaberto e opera parcialmente.
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, visitou Palu no domingo e deu-se conta da amplitude da catástrofe e dos problemas para o socorro chegar à ilha. Ele pediu paciência aos sobreviventes.
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