Mais de 100 incêndios atingem o estado de Queensland, no nordeste da Austrália, onde os bombeiros enfrentam altas temperaturas e o clima seco no trabalho de conter o avanço das chamas.
O subdiretor regional do Escritório de Meteorologia da Austrália, Bruce Gunn, alertou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (29) que as “condições “excepcionais” de altas temperaturas “sem precedentes” continuarão em Queensland, onde se prevê “calor extremo” até o final da semana.
Segundo a agência nacional de meteorologia da Austrália, o Escritório de Meteorologia, a previsão é que as temperaturas no país continuem subindo acima do normal neste verão. A maior parte do território do país tem 80% de chances de experimentar temperaturas mais altas do que a média dos últimos anos entre dezembro e fevereiro.
Os incêndios obrigaram nesta quarta-feira 8.000 moradores de Gracemere, uma cidade situada a 515 quilômetros ao norte de Brisbane, a deixarem suas casas. Eles começaram a retornar aos seus lares hoje.
“Isto representa um grande alívio”, disse a chefe do Executivo de Queensland, Annastacia Palaszczuk, na mesma entrevista coletiva transmitida pelo portal dos bombeiros.
A comissária estadual dos Serviços de Bombeiros, Katarina Carroll, declarou que as condições não são tão “catastróficas” como na quarta-feira, mas que os incêndios “muito preocupantes” ainda continuam ativos.
Mais de 40 escolas foram fechadas em um dia no qual o calor e a baixa umidade prejudicaram as tarefas para controlar as chamas.
Além disso, os bombeiros ordenaram o esvaziamento imediato da cidade de Winifiend, situada a 400 quilômetros ao norte de Brisbane, devido a um “incêndio imprevisível” que se desloca com rapidez.
Em Baffle Creek, a 450 quilômetros ao norte de Brisbane, vários moradores se recusaram a deixar a cidade, e a polícia teve que levar alguns deles algemados, segundo relatou uma vizinha à agência de notícias local AAP.
Os incêndios mais graves ocorridos na Austrália nas últimas décadas aconteceram em fevereiro de 2009 no estado de Victoria e deixaram 173 mortos e 414 feridos, queimando uma superfície de 4.500 quilômetros quadrados.
(Com EFE)