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Mais de 3,7 milhões de pessoas continuam sem luz na Flórida

A interrupção no fornecimento de eletricidade provocou a morte de oito pessoas em uma casa de repouso

Por Da redação
Atualizado em 13 set 2017, 20h00 - Publicado em 13 set 2017, 15h56
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  • Quatro dias após o furacão Irma ter tocado a terra como categoria 4 na Flórida, mais de 3,7 milhões pessoas continuam sem luz. Segundo o escritório de Gestão de Desastres da Flórida, o número de clientes sem energia elétrica nesta quarta-feira é de 3.787.997, o que representa 36,08% do total de residências, estabelecimentos e entidades públicas e privadas.

    A interrupção no fornecimento de eletricidade provocou a morte de oito pessoas em um asilo em Hollywood, ao norte de Miami. Outras 120 tiveram que ser retiradas do local. As autoridades investigam se as mortes ocorreram por inalação de monóxido de carbono expelido por um gerador elétrico ou pelo calor registrado em razão do corte no fornecimento de energia e pela ruptura no sistema de ar condicionado provocada pelo Irma.

    Classificada como uma das tempestades mais poderosas registradas no Atlântico quando atingiu o Caribe na semana passada, o Irma deixou mais de 60 mortos no total, de acordo com autoridades. Ao menos 23 pessoas morreram na Flórida e em Estados vizinhos, e a destruição foi generalizada na região de Florida Keys, onde o Irma chegou no domingo e se tornou o segundo grande furacão a atingir o território norte-americano nesta temporada.

    Fome e sede

    Em Saint Martin, uma das ilhas caribenhas mais devastadas pelo Irma, a população sofre com a falta de alimentos e de água potável. Em uma longa fila, as pessoas aguardam a vez em frente ao caminhão de mantimentos em uma área de distribuição criada na ilha para as vítimas do furacão. Diante da fila, a Cruz Vermelha estabelece um cordão de segurança para conter a pressão da multidão.

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    Eles distribuem produtos frescos, como ovos, frango, ou leite. A fila começou a ser formada muito antes da chegada do caminhão-contêiner. Alguns aguardam há mais de duas horas, sob o sol forte.

    No local, as pessoas ignoram o discurso do presidente francês, Emmanuel Macron, que chegou à ilha na terça-feira, após críticas de que seu governo não fez o suficiente para lidar com a passagem do Irma. Em seu pronunciamento, Macron estabeleceu como prioridade o restabelecimento da segurança, após os saques dos últimos dias.

    O presidente francês também se comprometeu a retirar os residentes dos territórios atingidos e prestar serviços e abrigo para os que optarem por ficar. “Vimos hoje pessoas determinadas a reconstruir e retornar a uma vida normal”, disse. “Eles estão impacientes por respostas e alguns estão irritados. A raiva é legítima porque é resultado do medo que enfrentaram e por estarem muito cansados. É certo que alguns querem partir e nós os ajudaremos nesse esforço.”

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    Para os moradores, no entanto, a prioridade é obter comida e, sobretudo, água. Uma hora mais tarde, na área de distribuição, a fila diminuiu, e o contêiner está quase vazio. Todos os que esperaram já receberam mantimentos e deixam o local. Eles agradecem pela comida. Mas saem sem água.

    arte-categoria-furacao
    (Arte/VEJA)

    (com agências internacionais)

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