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Mais de 800 mil sul-coreanos assinam petição por impeachment do presidente

Documento acusa Yoon Suk Yeol de corrupção e escalada de tensões com a vizinha Coreia do Norte

Por Da Redação
1 jul 2024, 11h30
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  • Mais de 811 mil sul-coreanos assinaram uma petição online pedindo o impeachment do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol. O documento alega que Yoon é inapto para o cargo, acusando-o de corrupção, escalada de tensões com a Coreia do Norte e má gestão da operação para liberar no oceano a água radioativa da usina nuclear de Fukushima, no Japão, após devido tratamento.

    O grande número de assinaturas provocou instabilidade no site da Assembleia Nacional, onde a petição está no ar desde 20 de junho. As pessoas que tentaram assinar o documento nesta segunda-feira, dia 1º, relataram atrasos de até quatro horas para acessar a página, que emitiu uma mensagem de erro e afirmou que mais de 30 mil pessoas estão esperando na fila para firmar a petição.

    O presidente da Assembleia Nacional, Woo Won-shik, pediu desculpas pelo mau funcionamento da plataforma e garantiu que o parlamento tomaria medidas para defender o direito constitucional da população. A legislação sul-coreana obriga o parlamento a atribuir qualquer petição assinada por mais de 50 mil pessoas a uma comissão, que decidirá se ela será encaminhada para uma votação no plenário. 

    O Partido Democrata, que faz oposição ao governo e detém a maioria dos assentos no parlamento, ainda não decidiu se transformará a petição em um projeto de lei de impeachment. Caso uma maioria de mais de dois terços da casa legislativa vote pela destituição do presidente, o pedido será encaminhado para o Tribunal Constitucional, encarregado de emitir a decisão final.  

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    Impopularidade

    Yoon vem enfrentando baixos índices de aprovação desde que chegou ao poder, em 2022. Os últimos índices, calculados em abril, oscilam em torno de 25%.

    A popularidade do presidente conservador caiu devido a uma série de problemas, como a alta nos preços devido à inflação e sua falta de iniciativa para demitir altos funcionários do governo envolvidos em escândalos de corrupção. Outros eventos recentes, como a suspensão do pacto militar firmado em 2018 com a Coreia do Norte e o início de exercícios militares com os Estados Unidos em junho, provocaram preocupação entre os sul-coreanos sobre um possível risco de guerra com o Norte.

    Nas eleições legislativas em abril, um grupo de partidos progressistas, de oposição ao atual governo conservador, obtiveram a grande maioria dos votos, fazendo com que o primeiro-ministro, Han Duck-soo, e outros funcionários do governo se colocassem à disposição para renunciar aos seus cargos.

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