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Mais três países detectam mutação do coronavírus e são alvos de vetos

África do Sul, Dinamarca e Holanda, além do Reino Unido, têm circulação de pessoas e mercadorias barradas devido a variante mais contagiosa do vírus

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 13h43 - Publicado em 21 dez 2020, 15h27

O surgimento de uma cepa mais infecciosa do coronavírus isolou o Reino Unido nesta segunda-feira, 21, já que ao menos trinta países anunciaram que vão barrar a entrada de britânicos e o fluxo de mercadorias. Agora, bloqueios também atingem passageiros que estiveram na África do Sul, Dinamarca e Holanda, que detectaram a mutação em seus territórios.

Países como Alemanha, El Salvador, Israel, Sudão, Suécia, Suíça e Turquia já anunciaram restrições às nações, que variam de governo para governo. A Suíça vetou apenas voos vindos da África do Sul e do Reino Unido. Já a Arábia Saudita fechou completamente as fronteiras por uma semana.

Boa parte da União Europeia e países como Colômbia, Chile, Canadá e Arábia Saudita suspenderam ou restringiram os voos do Reino Unido. A lista dos que tomaram essa medida aumenta com o passar das horas, chegando a trinta nações. Na noite de domingo eram treze.

Nesta segunda, a Rússia suspendeu os voos para o Reino Unido por uma semana. A Índia tomou a mesma medida, mas com validade até o fim do ano, e Hong Kong, por duas semanas.

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A Dinamarca, que já detectou ao menos nove pessoas infectadas com a nova mutação do coronavírus, também decretou o bloqueio. Além das duas nações, Itália, Austrália, Holanda e África do Sul também identificaram pessoas com a nova variante.

O Brasil, até o momento, não restringiu voos de nenhum dos países com casos da mutação.

A variante do vírus seria até 70% mais contagiosa, mas não demonstra ser mais letal. A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que a mutação também poderia afetar “a eficácia de alguns métodos de diagnóstico” e pediu o “reforço dos controles” na Europa. O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, admitiu a propagação da cepa está “fora de controle”.

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Nesta segunda-feira, rodovias da Inglaterra para a França foram fechadas, já que o país decidiu suspender todas as conexões por terra, mar e ar com o Reino Unido por 48 horas. O bloqueio gerou engarrafamentos quilométricos e como grande parte dos produtos importados pelos britânicos chega por lá, o país pode sofrer falta de suprimentos a dez dias do Brexit.

Uma importante rede de supermercados, Sainsbury’s, advertiu que se as perturbações persistirem, o país pode registrar falta de alimentos frescos como alface, couve-flor, brócolis ou frutas cítricas. Autoridades garantiram que os estoques podem durar vários dias, mas consumidores, a quatro dias das festas de Natal, podem esvaziar prateleiras devido ao pânico.

Mais de dez estados-membros da União Europeia interromperam ou restringiram as conexões com o Reino Unido. Fora do bloco, Canadá, Chile, Argentina, Colômbia, Rússia, Peru, Hong Kong, Arábia Saudita, Kuwait, Índia, Irã, Suíça, El Salvador e Israel também suspenderam suas conexões. Por enquanto, os Estados Unidos não proibiram voos britânicos, mas afirmaram que observam “com muito cuidado” a variante do vírus.

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(Com AFP)

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