Malala retorna ao Paquistão seis anos após ataque do Talibã
Ativista vai se encontrar com primeiro-ministro Shahid Khaqan Abbasi
A ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai, retornou ao Paquistão nesta quarta-feira pela primeira vez desde que foi vítima de um ataque do Talibã e levou um tiro na cabeça.
Segundo a imprensa local, Malala, alguns familiares e funcionários da Fundação Malala voaram para Islamabad de Dubai e aterrissaram no aeroporto local à 1h30 da madrugada da quinta-feira (horário local).
Sua visita havia sido mantida em segredo até agora por motivos de segurança, segundo fontes.
Malala, hoje com 20 anos, deve ficar no Paquistão até 2 de abril. Ela irá se encontrar com o primeiro-ministro Shahid Khaqan Abbasi na quinta-feira. A ativista também se reunirá com outras autoridades locais para discutir a promoção da educação em áreas menos desenvolvidas do país.
Aos 15 anos, Malala levou um tiro na cabeça dentro de um ônibus escolar no Vale do Swat, em 2012. O ataque, que chocou o mundo, era uma retaliação pelo fato da ativista defender o direito das meninas à educação, condenado pelos talibãs.
Ela foi internada em um hospital em estado grave, mas se recuperou. A tentativa de assassinato desencadeou um movimento de apoio nacional e internacional. Desde que foi vítima do ataque, a ativista mora com sua família na Inglaterra.
Em 2013, Malala foi capa da revista Time e considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. No mesmo ano, Malala discursou na sede da Organização das Nações Unidas, pedindo acesso universal à educação. Em 2014, com apenas 17 anos, foi a mais jovem laureada com o Nobel da Paz.