Maldivas proíbem entrada de israelenses em apoio a ‘irmãos da Palestina’
Presidente da nação insular também anunciou arrecadação de fundos e manifestação nacional
As Maldivas, pequeno país insular no Oceano Índico conhecido por suas praias paradisíacas e resorts luxuosos, anunciaram no domingo, 2, que proibirão a entrada de cidadãos de Israel no país, como uma forma de protestar contra ataques israelenses na Faixa de Gaza.
Segundo um comunicado do gabinete do presidente Mohamed Muizzu, o governo vai criar um subcomitê para supervisionar se as alterações na lei estão sendo cumpridas. Muizzu também anunciou a realização de uma manifestação nacional em “solidariedade à Palestina” e a organização de uma arrecadação de fundos em conjunto com a agência da ONU para os palestinos com objetivo de “ajudar nossos irmãos e irmãs na Palestina”.
O presidente já havia se pronunciado contra os ataques israelenses à cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e pedido por um cessar-fogo imediato.
“Juntamente com o governo e o povo das Maldivas, faço um apelo por um cessar-fogo imediato, pelo fim da violência e pelo acesso humanitário irrestrito”, publicou Muizzu em suas redes sociais na semana passada.
Em resposta à proibição de viajantes israelenses, o Ministério das Relações Exteriores de Israel pediu que seus cidadãos evitem a nação insular e “para os cidadãos israelenses que permanecem no país, é recomendável considerar a saída, pois se ficarem em perigo por qualquer motivo, será difícil para nós ajudarmos.”
Em 2023, cerca de 11 mil israelenses visitaram as Maldivas, o que representa 0,6% do total de turistas da nação.