Alunos da escola Marjory Stoneman Douglas High School, em Parkland, na Flórida convocaram neste domingo estudantes de todo o país para marcharem até Washington para pedir maior controle na venda de armas. O colégio foi alvo de um atentado na quarta-feira, quando o ex-estudante Nikolas Cruz invadiu o local com um fuzil AR-15 e matou 17 pessoas.
A manifestação March for Our Lives (marche por nossas vidas, em português) foi lançada neste domingo na cidade de Fort Lauderdale e está prevista para acontecer no dia 24 de março. O objetivo é pressionar os congressistas a debaterem medidas mais restritivas às armas. Os alunos consideram que embora políticos digam que este não é o momento de falar sobre regulação de armas, a discussão é urgente.
“Segurança nas escolas não é um tópico político. Não podem haver dois lados na busca em fazer tudo ao nosso alcance para garantir as vidas e o futuro das crianças que estão sob risco de morrer quando deveriam estar aprendendo, brincando e crescendo”, diz trecho do manifesto.
Umas das líderes do movimento, a estudante Emma Gonzalez considerou, durante um discurso inflamado, que o lobby das fabricantes de armas tem culpa dos atentados em escolas. E que, se o presidente Donald Trump viesse lhe dizer que não há o que ser feito sobre esses incidentes, ela lhe perguntaria o quanto a National Rifle Association (NRA, Associação Nacional do Rifle, em tradução livre) lhe doou.
“Mas, ei, quer saber de uma coisa? Não importa, porque eu já sei: 30 milhões de dólares. A todos os políticos que pegam doções da NRA, que vergonha de vocês!”, disse.