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Médico de Gaza acusa Israel de ‘tortura’ após ser libertado de prisão

Diretor do maior hospital do enclave diz que palestinos sofreram agressões e foram privados de tratamento médico em prisão israelense

Por Da Redação
Atualizado em 2 jul 2024, 16h54 - Publicado em 2 jul 2024, 12h56
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  • Diretor do maior hospital de Gaza, Mohammed Abu Salmiya, encontrando seus parentes após ser libertado de detenção israelense. 01/07/2024
    Diretor do maior hospital de Gaza, Mohammed Abu Salmiya, encontra com seus parentes após ser libertado de detenção israelense. 01/06/2024  (Bashar Taleb/AFP)

    O diretor do maior hospital de Gaza, Mohammed Abu Salmiya, que foi preso por Israel em novembro, alegou nesta terça-feira, 2, que sofreu tortura física e psicológica durante seus sete meses preso. O médico à frente do complexo hospitalar Al-Shifa foi libertado na véspera, juntamente com outros 50 palestinos detidos na Faixa de Gaza.

    Abu Salmiya afirmou que os presos sofreram “tortura severa” e foram completamente privados de tratamento médico.

    “Eles amputaram os pés de vários prisioneiros, aqueles que sofrem de sintomas de diabetes, devido à falta de tratamento médico para eles”, disse o médico. “Meu dedo mindinho foi quebrado. Fui repetidamente submetido a pancadas na cabeça, causando diversos sangramentos. Havia tortura quase diariamente nas prisões israelenses”, acrescentou.

    Abu Salmiya foi preso enquanto deixava Al-Shifa em um veiculo da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante o primeiro de dois ataques israelenses ao complexo médico na Cidade de Gaza. O Exército israelense alegou na época que o diretor do hospital precisava ser interrogado “após evidências de que o Hospital Al-Shifa, sob sua gestão direta, serviu como um centro de comando e controle do Hamas.”

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    Outros palestinos detidos também relataram tortura contra os prisioneiros, superlotação de celas, bem como escassez de comida e de medicamentos nos centros de detenção israelenses.

    “Eles nos mostravam fotos dos corpos de nossos parentes, fotos de nossas famílias e filhos… E diziam: ‘Olhem para seus filhos, nós os matamos.’ Eles nos mostravam fotos de nossas esposas, nossas irmãs, e nos diziam que eles as tinham levado e feito isso e aquilo com elas”, disse o detento libertado Faraj Attiyeh Al-Saman à emissora americana CNN.

    O Serviço Prisional Israelense negou as acusações de Abu Salmiya, afirmando que “todos os prisioneiros são detidos de acordo com a lei”. “Todos os direitos básicos exigidos são totalmente aplicados por guardas prisionais profissionalmente treinados”, disse um porta-voz do serviço prisional à CNN, acrescentando que eles têm o direito de registrar uma queixa, que será examinada pelas autoridades oficiais.

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    Protestos israelenses

    A libertação dos detidos palestinos provocou protestos em Israel e foi condenada por políticos e pelas famílias dos reféns capturados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro do ano passado.

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou uma “investigação imediata sobre o assunto” após a libertação, alegando que a decisão foi tomada de forma independente por autoridades de segurança “com base em suas considerações profissionais”.

    O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, descreveu a libertação de Abu Salmiya e de “outros dezenas de terroristas” como uma “negligência à segurança”. 

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    O ex-ministro da Defesa Benny Gantz, que renunciou ao seu cargo no Gabinete de Guerra no mês passado, também condenou a libertação, afirmando que “quem tomou essa decisão não teve bom senso e deveria ser demitido hoje”.

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