A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, afirmou nesta quarta-feira, 14, que seu filho com o presidente americano, Donald Trump, testou positivo para Covid-19, mas não apresentou sintomas.
Em publicação no site da Casa Branca, Melania afirmou que “meu medo se tornou realidade” quando Barron, de 14 anos, testou positivo para o vírus. “Felizmente ele é um adolescente jovem e não apresentou sintomas”, disse.
Segundo o documento, Barron foi testado três vezes. No primeiro exame, testou negativo. No segundo, positivo. Mais tarde, um novo exame indicou que ele não tinha mais o novo coronavírus.
“Naturalmente, eu pensei imediatamente no nosso filho”, escreveu Melania, em um texto intitulado “Minha experiência com a Covid-19”, duas semanas depois de ter testado positivo, assim como seu marido.
“Para nosso grande alívio, deu negativo (…) Meu medo virou realidade quando fizeram o exame de novo e os resultados foram positivos”, acrescentou.
Diagnosticado no início do mês com o vírus, assim como sua esposa, o presidente passou três noites internado no Centro Médico Nacional Walter Reed, em Bethesda, no estado de Maryland, sob cuidados médicos. Ele deixou o local no dia 5 de outubro, onde recebeu um tratamento experimental.
O médico da Casa Branca, Sean Conley, liberou o presidente para voltar às atividades normais já no sábado 10. O mandatário retomou sua campanha às eleições presidenciais de 3 de novembro com um evento na Flórida na segunda-feira e seguiu para a Pensilvânia na terça-feira. Nesta quarta, Trump tem um evento marcado em Iowa.
“Eu tive e agora dizem que estou imunizado“, afirmou o presidente americano de 74 anos para uma multidão de simpatizantes, muitos sem máscaras, na segunda-feira na Flórida. “Me sinto poderoso”, completou.
“Vou caminhar nesta multidão (…) beijarei todos, vou beijar os homens e as magníficas mulheres”, completou, sorrindo. O presidente ainda dançou e gritou com a plateia que acompanhava o evento.
Além do corticoide dexametasona, usado para quadros graves da Covid-19, Trump também foi medicado com remdesivir e recebeu recebeu uma dose de Regeneron com anticorpos monoclonais. Segundo Brian Garibaldi, especialista em cuidados pulmonares críticos do hospital militar, Trump não demonstrou “efeitos colaterais”.
Estudos mostram que a dexametasona melhora a sobrevivência de pacientes hospitalizados em condição crítica com covid-19, quando precisam de oxigênio extra. Contudo, o medicamento é contraindicado em casos leves, pois pode limitar a capacidade do próprio organismo de combater o vírus, de acordo com as diretrizes da Sociedade de Doenças Infecciosas da América.
Além do casal presidencial, diversas outras figuras do alto escalão da Casa Branca também receberam diagnósticos positivos. No mesmo dia em que Trump deixou o hospital, a secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, comunicou que foi diagnosticada com Covid-19. Com ela, aumenta para 11 o número de funcionários do governo do presidente Donald Trump que testaram positivo para o coronavírus depois que o mandatário foi infectado.
A secretária de imprensa disse que a Casa Branca não divulgaria o número total de funcionários infectados pelo coronavírus, citando questões de privacidade. Ela também se recusou a fornecer um cronograma específico dos testes do presidente.
A lista também inclui o guarda-costas de Trump, Nick Luna, um assessor de imprensa não identificado, a ex-conselheira da Casa Branca, Kellyanne Conway, o gerente de campanha de Trump, Bill Stepien, a presidente do Comitê Nacional Republicano, Ronna McDaniel, o ex-governador de Nova Jersey, Chris Christie, e os senadores republicanos Thom Tillis, Mike Lee e Ron Johnson.