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Mergulhador morre em resgate de meninos presos em caverna na Tailândia

Samarn Poonan trabalhava debaixo d'água no complexo de cavernas distribuindo tanques de oxigênio ao longo de uma potencial rota de saída

Por Reuters Atualizado em 6 jul 2018, 12h09 - Publicado em 6 jul 2018, 07h48
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  • Um ex-mergulhador da Marinha da Tailândia morreu durante os trabalhos para salvar os 12 meninos e seu técnico de futebol que estão presos em uma caverna inundada no norte do país.

    Samarn Poonan, de 38 anos, um ex-membro da unidade de elite da marinha, morreu na noite de quinta-feira (5) enquanto trabalhava debaixo d’água no complexo de cavernas distribuindo tanques de oxigênio ao longo de uma potencial rota de saída.

    “Após ter entregue uma reserva de oxigênio, ficou sem ar em seu retorno”, explicou o vice-governador da província de Chiang Rai, Passakorn Boonyaluck. A morte do socorrista mostra a dificuldade de um resgate sem colocar em perigo a vida dos meninos e de seu treinador de futebol, presos há 13 dias na caverna de Thuam Lang.

    Os socorristas esperam conseguir, com a ajuda de máquinas, reduzir o nível da água de modo suficiente para que os meninos consigam sair da caverna sem a necessidade de mergulhar, ou com mergulhos apenas em pontos específicos.

    O pessimismo aumentou entre as autoridades tailandesas, depois da alegria provocada pela descoberta, na segunda-feira, de que os jovens estavam vivos. “A princípio, pensávamos que as crianças poderiam ficar durante muito tempo. Mas a situação mudou, e agora nos resta um tempo limitado”, declarou o comandante da Marinha, Apakorn Yookongkaew.

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    Yookongkaew também explicou que cilindros de oxigênio foram espalhados ao longo da caverna para tentar abastecer as crianças e seus acompanhantes. Entretanto, ele não falou sobre os resgates desta sexta, quando a meteorologia prevê o retorno das chuvas de monção na região.

    As autoridades querem evitar um plano de emergência que inclua uma saída precipitada, mas se a chuva prevista para as próximas horas provocar o aumento do nível da água, talvez não reste outra alternativa.

    Ao mesmo tempo, a equipe de resgate procura uma via de entrada a partir do topo da montanha que tenha ligação ao local onde estão os garotos — ou que seja possível a conexão através de perfuração.

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    Dificuldades

    No momento, um mergulhador experiente precisa de 11 horas para fazer uma viagem de ida e volta até o local em que estão os jovens: seis de ida e cinco para volta, graças à ajuda da corrente. O trajeto tem vários quilômetros e inclui passagens estreitas e trechos sob a água.

    Mas os socorristas evitam se pronunciar a favor de um resgate dos meninos através do mergulho. “Seguimos considerando várias opções”, declarou o general Chalongchai Caiyakam.

    Os socorristas dizem que preferem esperar a água baixar e manter o grupo na caverna até que possa ser retirado caminhando, com uma parte mínima de trechos submersos, que seriam percorridos com máscaras.

    Esta é a opção privilegiada pelas autoridades, que instalaram um amplo sistema de bombeamento da água, com a ajuda de engenheiros japoneses, e já retiraram da caverna um volume equivalente a mais de 50 piscinas olímpicas.

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