A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta segunda-feira que prefere a realização de eleições antecipadas a um governo de minoria, pois isso garantiria maior estabilidade política ao país. Merkel reafirmou estar disposta a continuar no posto por mais quatro anos.
As declarações são dadas após o diálogo por uma coalizão fracassar na noite de domingo, com a saída das negociações do Partido Democrático Liberal (FDP, na sigla em alemão). “Eu não tenho um governo minoritário em meus planos, mas agora temos de ver o que acontece nos próximos dias”, comentou Merkel em entrevista à emissora ARD.
As negociações entre o partido da primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, a União Democrata Cristã (CDU, na sigla alemã) e o FDP duraram cerca de dois meses. A CDU teve a maior quantidade de votos– 32,9% –, mas precisa compor uma maioria parlamentar para que Merkel possa continuar no cargo.
“É preferível não governar do que governar mal”, declarou à imprensa o presidente dos liberais, Christian Lindner. O político afirmou que os partidos envolvidos – os conservadores de Merkel, os Verdes e o seu próprio partido – não conseguiram encontrar uma “base comum” para um acordo.
A questão da imigração foi um dos principais entraves nas negociações após a generosa política de acolhida de refugiados lançada por Merkel, com cerca de um milhão de pessoas acolhidas em 2015 pelo país europeu . Os partidos não conseguiram chegar a um acordo sobre o direito de reunificação familiar dos refugiados que chegaram à Alemanha desde então.
A última opção da primeira-ministra para uma coalizão agora seria o Partido Social Democrata (SPD), que já descartou negociar. Merkel afirmou, no entanto, que aceitaria fazer essa negociação, caso o SPD mude de ideia. Se isso não ocorrer, novas eleições gerais podem ocorrer já no começo de 2018.
(Com agências)