Merz, Macron e Starmer se unem para apoiar Ucrânia e ligam para Trump em meio a pressão
Líderes da Alemanha, França e Reino Unido se reuniram nesta semana com Volodymyr Zelensky, que deve apresentar proposta de paz revisada nesta quarta
Os líderes da Alemanha, França e Reino Unido telefonaram para Donald Trump nesta quarta-feira, 10, para discutir as negociações para encerrar a guerra na Ucrânia. A conversa veio dias depois de uma reunião em Londres entre os três chefes de Estado e Volodymyr Zelensky, em um momento em que o presidente dos Estados Unidos pressiona seu homólogo ucraniano a aceitar um acordo de paz que, segundo analistas, favorece a Rússia.
Uma declaração emitida pelo governo alemão informou que seu chanceler, Friedrich Merz, junto do francês Emmanuel Macron e do britânico Keir Starmer ligaram para Trump para falar sobre “o estado das negociações” para o fim da guerra, concordando que “o trabalho intensivo no plano de paz deve continuar nos próximos dias”.
Os líderes também afirmaram que este é “um momento crucial” para a Ucrânia e para a “segurança comum na área euro-atlântica”.
A versão britânica da declaração é semelhante. “Os líderes discutiram as últimas novidades sobre as negociações de paz lideradas pelos Estados Unidos, celebrando seus esforços para alcançar uma paz justa e duradoura para a Ucrânia e para pôr fim à violência. O trabalho intenso no plano de paz continua e continuará nos próximos dias. Concordamos que este é um momento crítico – para a Ucrânia, seu povo e para a segurança compartilhada em toda a região euro-atlântica”, disse a nota.
Macron afirmou nas redes sociais que a conversa durou 40 minutos e que foi possível “avançar em um assunto que nos diz respeito a todos”.
Plano revisado
Espera-se que a Ucrânia apresente em breve uma versão revisada da proposta de paz dos Estados Unidos, segundo indicou Zelensky. Na quinta-feira, 13, foi convocada uma reunião urgente entre o líder ucraniano e a chamada “coalizão dos dispostos”, grupo de países europeus liderados por Londres, Paris e Berlim que apoiam Kiev no projeto de estabelecer garantias de segurança que impeçam potenciais agressões russas no futuro.
O governo francês informou que haverá uma videoconferência para discutir o andamento das negociações nesta quinta. Ainda na quarta, a delegação ucraniana deve conversar com negociadores dos Estados Unidos sobre o processo de reconstrução da Ucrânia e desenvolvimento econômico no pós-guerra. Sobre esse tema, há altas expectativas em Bruxelas: na próxima semana, líderes da União Europeia podem aprovar uma medida para canalizar mais de R$ 570 bilhões em ativos russos congelados em bancos europeus para financiar Kiev.
Em postagem no X, Zelenskyy sugeriu que poderia haver notícias sobre o fim da guerra em breve, mas enfatizou que era fundamental que qualquer acordo dissuadisse a Rússia de atacar a Ucrânia novamente no futuro.
“Estamos trabalhando de forma muito produtiva para garantir a segurança futura e evitar a repetição da agressão russa. Esta semana pode trazer notícias para todos nós – e para o fim do derramamento de sangue. Acreditamos que a paz não tem alternativa, e as questões-chave são como compelir a Rússia a parar com as mortes e o que especificamente impedirá a Rússia de uma terceira invasão”, disse ele, aludindo à tomada da Crimeia em 2014.
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