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México vai deportar 500 pessoas que tentaram cruzar fronteira com os EUA

Guardas americanos usaram gás de pimenta para dispersar tumulto após protestos

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h02 - Publicado em 26 nov 2018, 12h13
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  • O México vai deportar mais de 500 migrantes que tentaram cruzar a fronteira com os Estados Unidos no último domingo (25). A decisão foi divulgada pelo ministro do Interior mexicano, Alfonso Navarrete, que definiu a ação do grupo como “violenta” e “ilegal”.

    Uma gravação mostra dezenas de pessoas  incluindo mulheres e crianças  correndo em direção à cerca que separa os dois países, na divisa entre Tijuana e São Diego. Os guardas de fronteira americanos usaram gás de pimenta para dispersar a agitação.

    Aqueles que tiverem sua participação nos “eventos violentos” podem ser deportados imediatamente, afirmou Navarrete em declaração à imprensa.

    Nas horas seguintes ao tumulto, o tráfego de carros na região foi interrompido pela agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.

    O ministro acrescentou que, “longe de ajudar seus objetivos”, as ações dos migrantes violaram o sistema de regras de migração, e poderiam ter causado um “sério incidente”.

    A hondurenha Ana Zúñiga, de 23 anos, disse a Associated Press que viu migrantes abrirem um pequeno buraco no arame de um dos muros no lado mexicano da fronteira, até que agentes americanos dispararam gás lacrimogênio contra eles: “Nós corremos, mas quando você corre o gás se torna ainda mais asfixiante”, disse enquanto segurava sua filha de três anos, Valery.

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    Com o crescente desespero entre os que aguardam na região, cerca de 500 migrantes protestavam pelo direito ao asilo político nos Estados Unidos.

    Segundo o ministro do Interior, eles haviam pedido ajuda para organizar o movimento, mas depois foram encorajados por alguns dos líderes da manifestação a se dividirem, para então fazer uma ofensiva em direção a fronteira, e tentar cruzar para o lado americano.

    Majoritariamente formado por homens, o grupo quebrou o bloqueio da polícia mexicana próximo a travessia. Carregando bandeiras dos Estados Unidos e de Honduras pintadas a mão, eles entoavam: “Não somos criminosos. Somos trabalhadores internacionais!”

    Democrata pede compaixão

    Imagens de crianças pequenas fugindo do gás lacrimogênio causaram preocupação de alguns setores dos Estados Unidos. O candidato democrata nas eleições ao governo da Flórida, Andrew Gillum, disse em sua conta no Twitter que os líderes americanos deveriam ser fortes o suficiente para ter compaixão pelos membros da caravana.

    No sábado (24), o Washington Post noticiou que a equipe de Trump havia alcançado um acordo com o governo mexicano eleito, que assume o cargo no dia 1° de dezembro, para conter os refugiados ao sul da fronteira. O futuro ministro do Interior negou que algum acordo tenha sido fechado.

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    Albergue superlotado

    Em torno de 6.000 pessoas que atravessaram o México nas últimas semanas estão agora abarrotadas em um campo esportivo improvisado pela prefeitura local.

    Eles caminham em direção à ponte de Chaparral, na Califórnia, a 1 quilômetro de onde estão acampados. Imigrantes disseram à Reuters que vão esperar até que possam pedir asilo, apesar das crescentes medidas do governo americano para restringir a imigração.

    Na última semana, Trump ameaçou fechar o acesso ao país por tempo indeterminado, se a situação ‘se tornar incontrolável’. Além disso, deu a James Mattis, Secretário de Defesa americano, poderes expandidos para usar o serviço militar na proteção de divisas. O presidente americano confirmou que autorizou o uso de força letal contra os migrantes e refugiados ‘se for necessário’.

     

     

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