Milei confirma que proposta de fechar Banco Central ‘não é negociável’
Equipe do presidente eleito argentino desmentiu boatos sobre possível revés no plano e confirmou novos nomes do governo
O gabinete do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, confirmou que pretende seguir com o plano de fechar o Banco Central e enfatizou que “não é uma questão negociável”. Em um comunicado, autoridades ligadas a Milei desmentiram boatos sobre um revés no plano e também confirmaram dois novos nomes para o governo.
“Diante dos falsos boatos espalhados, desejamos esclarecer que o fechamento do Banco Central da República Argentina (BCRA) não é uma questão negociável”, diz o comunicado.
Com as mudanças das últimas horas em questões econômicas, especulou-se sobre a viabilidade de alguns dos planos mais polêmicos de Milei, principalmente a ideia de fechamento do Banco Central e de dolarização da economia. Na última quinta-feira, 23, foi anunciado que Emiliano Ocampo não será finalmente quem irá para o Banco Central. Esse lugar ficaria para Demian Reidel, que foi vice-presidente da entidade na gestão de Federico Sturzennegger.
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A notícia trouxe alívio ao sistema financeiro, onde as ideias de Ocampo geraram nervosismo. A solução seria obter dólares para fortalecer o balanço do Banco Central e assim tornar menos traumática a limpeza deste passivo, que ultrapassa os 23 bilhões de pesos.
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No mesmo texto, o documento buscou recuperar a centralidade do gabinete na comunicação sobre cargos no gabinete de Milei. Eles também confirmou que o economista Osvaldo Giordano será o chefe da ANSeS, enquanto Horácio Marín será o chefe da petrolífera YPF.
“A única informação oficial sobre o futuro governo é a publicada por este meio”, afirmou o gabinete.