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Militar venezuelano nos EUA rejeita Maduro como presidente

Diplomata militar venezuelano de maior patente nos Estados Unidos disse não temer represálias: "não concordo com o que está acontecendo"

Por AFP Atualizado em 30 jul 2020, 19h57 - Publicado em 27 jan 2019, 12h18
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  • O adido da Defesa da Venezuela em Washington, coronel José Luis Silva, disse desconhecer Nicolás Maduro como presidente legítimo do país e pediu aos “irmãos militares” que apoiem o líder do Parlamento, Juan Guaidó, como presidente interino.

    “Este adido de Defesa não reconhece o presidente Nicolás Maduro por considerá-lo um usurpador e reconhece Juan Guaidó como presidente interino legítimo”, disse à AFP.

    “Esta posição é conforme a Constituição e as leis da Venezuela e faço um apelo aos meus irmãos militares que se somem ao apoio a Guaidó”, acrescentou o coronel em uma entrevista à AFP por telefone.

    Compromisso

    Guaidó, presidente da Assembleia Nacional de maioria opositora, se comprometeu na quarta-feira passada diante de uma multidão de simpatizantes em Caracas a seguir o mandato da Constituição e a liderar um governo de transição que organize novas eleições, para retirar do poder Maduro, cujo segundo mandato iniciado em 10 de janeiro ele considera “ilegítimo”.

    “Temos que ter a responsabilidade institucional de apoiá-lo porque é a única maneira de sair disto”, afirmou o coronel Silva.

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    “Isto está apenas começando”, acrescentou, antes de enfatizar que deseja uma “mudança” para seu país.

    Represálias

    Silva, diplomata militar venezuelano de maior patente nos Estados Unidos, disse não temer represálias.

    “Me comuniquei com meus superiores e eles sabem que não concordo com o que está acontecendo, com a usurpação de poderes, os maus-tratos das pessoas e a situação de pobreza extrema de um país tão rico em recursos humanos e naturais como é a Venezuela”, afirmou.

    “Moralmente me sinto livre deste grupo de militares que o que tem feito é destruir nosso país”.

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    Quase 2,3 milhões de venezuelanos fugiram da Venezuela desde 2015, segundo a ONU, em meio a uma profunda crise, com escassez de alimentos, remédios e uma hiperinflação.

    Silva anunciou sua decisão em um vídeo gravado em seu escritório e divulgado no Twitter, no qual afirma que as Forças Armadas têm um “papel fundamental no restabelecimento da democracia”.

    “Não podemos, nem devemos atacar o povo”, disse, em referência a “todos os que têm o comando da tropa”.

    Guaidó celebrou a mensagem de Silva “e de todos os que com honestidade querem apegar-se à Constituição e à vontade do povo venezuelano”. Ele indicou que a Assembleia Nacional verifica os respaldos recebidos.

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    Uma fonte da oposição venezuelana nos Estados Unidos disse que “outros adidos e e cônsules no país estão manifestando apoio ao presidente interino neste momento”.

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