Antes de renunciar, o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, acusou grupos opositores de incendiarem a casa de sua irmã mais velha, Ester Morales, que fica em Oruro. No Twitter, o mandatário boliviano condenou a violência dos atos. Segundo o presidente, grupos irregulares planejam um “golpe fascista” no país. Além da casa da irmã de Evo, os governadores de Chuquisaca e Oruro também tiveram suas residências incendiadas.
Vídeos nas redes sociais mostram um grupo queimando parcialmente a residência. Os incêndios aconteceram na noite de sábado. Neste domingo, Morales decidiu convocar novas eleições gerais e renovar a totalidade de magistrados do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), depois da publicação de um informe de auditoria da OEA que invalida as eleições de 20 de outubro.
“Denunciamos e condenamos perante a comunidade internacional e o povo boliviano que o plano de golpe fascista executa atos violentos com grupos irregulares que atearam fogo na casa dos governadores de Chuquisaca e Oruro e da minha irmã naquela cidade. Vamos preservar a paz e a democracia”, diz Morales em sua rede social.
Desde o resultado das eleições, que reelegeram Morales para seu quarto mandato, o país é palco de paralisações e episódios violentos. Ao menos três pessoas morreram durante os protestos.