O coala Ellenborough Lewis, que ficou conhecido após o vídeo em que é resgatado por uma mulher durante os incêndios florestais no Estado de Nova Gales do Sul, na Austrália, nas redes sociais, morreu nesta terça-feira, 26, devido a não melhora de seu estado de saúde.
A decisão pela eutanásia veio após veterinários do hospital de colas em Port Magquire trocarem as bandagens de Lewis e constatarem que as queimadura não iriam melhorar. O procedimento foi anunciado pelo hospital através das redes sociais.
“Hoje tomamos a decisão de colocar Ellenborough Lewis para dormir”, informou o hospital. “Recentemente publicamos que ‘queimaduras podem piorar antes de melhorar’. No caso de Lewis, as queimaduras pioraram, mas infelizmente não melhoraram”.
O hospital também disse que seu objetivo número um é o bem estar para os animais, o que não significa que seja “salvar a vida” dos coalas se a “dor e o desconforto” se transformarem em sequelas para o resto da vida.
O resgate
No dia 20 de novembro, o vídeo do resgate começou a circular na internet. Nele, uma mulher chamada Toni Doherty sai de seu carro ao avistar o coala andando em meio a vegetação destruída pelos incêndios.
Ao resgatar o animal e jogar água na tentativa de aliviar as queimaduras, é possível ouvir o coala chorar de dor. Doherty o levou para o hospital de coalas em Port Magquire, que fica a 50 quilômetros do local, e o batizou de Ellenborrough Lewis, em homenagem a uma de suas netas.
Os incêndios florestais na Austrália já destruíram mais de 600 casas causando a morte de 6 pessoas, enquanto estima-se que 350 coalas perderam suas vidas, colocando a espécie dentro da lista de animais em risco de extinção.
A situação na Austrália se tornou crítica com o passar dos dias. A cidade de Sydney, uma das mais populosas do país, escureceu horas antes do pôr do sol, ao mesmo tempo em que figurava entre as 10 cidades mais poluídas do mundo devido às cinzas e fumaças. A intensidade das chamas foi causada por uma seca prolongada na região, ao mesmo tempo em que as temperaturas aumentaram. Segundo cientistas, a mudança climática teve um fator determinante das queimadas.