As autoridades da Venezuela proibiram neste sábado Lilian Tintori, ativista e mulher do líder opositor detido Leopoldo López, de sair do país para se reunir com os governantes de França, Alemanha, Reino Unido e Espanha. “Acabam de proibir minha saída do país. A ditadura quer impedir que façamos uma excursão internacional muito importante”, escreveu Tintori no Twitter, uma mensagem que foi publicada junto com uma foto sua no aeroporto internacional de Maiquetía, nos arredores de Caracas.
Lilian seria recebida na próxima semana, junto com o presidente do parlamento venezuelano, o opositor Julio Borges, pelos presidentes da França, Emmanuel Macron, e do governo espanhol, Mariano Rajoy, durante uma excursão europeia na qual ambos também se encontrariam com a chanceler alemã, Angela Merkel, e a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May. Em outra mensagem nessa rede social, Lilian mostra a “ata de retenção” que lhe impediu de viajar à Europa.
A ata diz que seu passaporte “apresenta um impedimento de saída determinado pelo Ministério Público”, que acusou Lilian Tintori depois que 200 milhões de bolívares (mais de US$ 60 mil segundo a taxa de câmbio oficial) em dinheiro foram encontrados em seu automóvel. Com isso, seu passaporte foi apreendido e remetido ao Serviço Administrativo de Identificação Migratória e de Estrangeiros.
Leopoldo López, um dos líderes do partido de oposição Vontade Popular, está em prisão domiciliar após ter passado mais de três anos em uma penitenciária militar em cumprimento de uma pena de quase 14 anos.
(Com EFE)