A iniciativa “Um Cinturão, uma Rota” (One Belt, One Road), também chamada de “A Nova Rota da Seda”, foi lançada em 2013 pelo presidente chinês Xi Jinping e visa promover acordos de cooperação para desenvolver projetos de infraestrutura, comércio e cooperação econômica na comunidade internacional.
Principal parceiro
A China é, desde 2009, o principal parceiro comercial do Brasil. A corrente de comércio bilateral alcançou, em 2018, 98,9 bilhões de dólares (exportações de 64,2 bilhões de dólares e importações de 34,7 bilhões de dólares).
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O comércio bilateral caracteriza-se por expressivo superávit brasileiro, mantido há nove anos, e que, em 2018, atingiu o recorde histórico de 29,5 bilhões de dólares. No ano passado, os principais produtos exportados pelo Brasil foram soja, combustíveis e minérios de ferro e seus concentrados. Já os principais produtos chineses importados pelo Brasil foram plataformas de perfuração ou de exploração, dragas, produtos manufaturados em geral, circuitos impressos e outras partes para aparelhos de telefonia.
Segundo dados do Ministério da Economia, até 2018 a China acumulava estoque de 69 bilhões de dólares investimentos no Brasil, em 155 projetos, especialmente nos setores de energia (geração e transmissão, além de óleo e gás), infraestrutura (portuária e ferroviária), financeiro, de serviços e de inovação.
Além da visita do presidente Jair Bolsonaro à China, no segundo semestre, o presidente chinês Xi Jinping virá ao Brasil para participar da 11ª Cúpula do Brics, grupo de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que ocorrerá nos dias 13 e 14 de novembro.
Altos e baixos
As relações entre China e Brasil vêm passando por altos e baixos desde que Jair Bolsonaro chegou ao poder, em janeiro. Durante sua campanha eleitoral, o então candidato do PSL comparou o gigante asiático a “um predador que quer dominar setores estratégicos da economia brasileira”.
Desde então, Mourão se estabeleceu como uma figura conciliadora entre os dois lados, afirmando em diversas ocasiões que o Brasil pretende manter os laços com seu principal parceiro comercial, independentemente das diferenças ideológicas.
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Pouco depois de vencer a eleição, Bolsonaro também voltou atrás em suas declarações e, em março, anunciou que pretende visitar o país asiático ainda no segundo semestre deste ano.
Em entrevista à TV Brasil, o vice-presidente lembrou que Pequim passa por dificuldades no âmbito da segurança alimentar por causa da peste suína africana, vírus que tem dizimado o rebanho de porcos no território chinês. Como consequência, destacou o vice-presidente, o gigante asiático precisa importar proteína animal para alimentar uma população de 1,4 bilhão de habitantes.
“O Brasil tem capacidade extraordinária de produção de alimentos. Então essa estratégia é que nós temos que traçar em ter essa aproximação com o mercado chinês”, disse.
(Com Agência Brasil e EFE)